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Patrícia Silva recorda fase mais dura: «Morreu à minha frente. Ainda me lembro dos olhos dele. Matou-me»

  • 17 out 2022, 00:05
Patrícia Silva recorda fase mais dura: «Morreu à minha frente. Ainda me lembro dos olhos dele. Matou-me» - Big Brother

Patrícia Silva recordou um período mais duro da morte do pai, na sua curva da vida.

Patrícia Silva partilhou este domingo a sua curva da vida. A concorrente começou por recordar a infância. «Nasci em 1983 em Vila do Conde eu e a minha gémea. 11 meses depois nasceu a Raquel. Eu era a mais rebelde, era muito magrinha e tinha vergonha de ir para escola. Chamavam-me magricela, esfregona». 

«Em 1999 fugi de casa porque gostava do meu vizinho. Os meu pais andavam atrás de mim mas quando mais prendiam mais eu queria estar com ele. Os meus pais não tiveram outro remédio senão internar-me num colégio de freiras em Gaia», revelou. 

Patrícia Silva continuou: «Foram meses dolorosos, nem saía do quarto com medo que me apanhassem no corredor. Uma vez estava no quarto, bateram à porta e disseram-me que tinha de lavar a copa. Eu disse que essa não era a minha função. Apanharam-me no quarto de banho e deram-me porrada, lembro-me de fazer xixi pelas pernas abaixo... de porrada». 

Mais tarde, a concorrente recorda o momento em que conheceu o pai da filha. «Conheci o pai da Jéssica, e descobri que estava grávida. Os meus pais iam-me matar. Conhecemo-nos num domingo à tarde, parou numa padaria e perguntou se me podia conhecer. Era uma pessoa com trabalho com uma estrutura familiar forte e muito giro». 

«Aos 5, 6 meses acabou comigo e seguiu a vida dele mas deu e dá sempre tudo à Jéssica. Desde o nascimento. Ele deixou de gostar de mim, ou assustou-se. Senti-me sozinha e sem poder dizer a ninguém que estava grávida», revelou.

A concorrente acrescentou: «Contei primeiro à minha mãe e depois ao meu pai. Passados três dias, veio à minha beira e atirou com uma chupeta amarela. Quando a Jéssica nasceu, o meu pai foi o primeiro a estar lá, é padrinho da Jéssica». 

«Se a gravidez foi desejada, não. Se queria não queria, nem estava feliz naquele momento. Mas quando ela nasceu, andava com ela para todo o lado», recordou. 

Numa outra fase da vida, conheceu outra pessoa. «Conheci o Paulo, tive dificuldade em dizer tudo o que se tinha passado, mas fui acabando por contar e ele deu-me muita força». 

«Ele já estava a gostar de mim e eu dele. Namorámos 16 anos e acabámos em 2008. Em 2014 ele ajudou-me a abrir um negócio, ele foi sempre o meu apoio, tudo o que eu conquistei foi com a ajuda dele», afirmou. 

Patrícia Silva recorda ainda a fase mais dura da sua vida. «Em 2018 o meu pai fica doente, sentiu-se mal, tinha uma dor muito forte do lado direito e encontraram alguns nódulos no fígado e viram que o tumor inicial era um cancro no pâncreas. Só durou seis meses. Acompanhei-o em todas as consultas e não queria acreditar que ele estava a morrer». 

«A 30 de maio eu estava a segurar a mão do meu pai, com as minhas irmãs e ele acabou por morrer à minha frente. Ainda me lembro dos olhos dele. Matou-me. Foi a a coisa mais triste que me aconteceu na vida», disse visivelmente emocionada. 

A concorrente concluiu: «Três dias depois do meu pai morrer a minha mãe ia ser operada porque lhe tinham detetado um cancro e o meu pai ia ser enterrado porque tinha morrido com cancro. Eu nem conseguia falar. Hoje a minha mãe tem-se mantido fina, está muito magrinha, mas fina e tem muita força de viver». 

 

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