Conheça a história de uma mulher intersexo que vive presa no seu próprio corpo
Diana Gomes é uma mulher de 30 anos que tem vivido uma vida marcada pela luta para se sentir completa. Diana nasceu com características de ambos os sexos, mas foi registrada com um nome masculino e criada como um menino.
Desde criança, Diana sempre soube, de alguma forma, que havia algo de diferente em seu corpo. Embora fosse tratada como um rapaz pela sociedade e pela sua família, algo lhe dizia que estava no corpo errado. Na adolescência, o seu corpo começou a dar sinais mais evidentes de feminilidade. Foi então que esta descobriu a condição de intersexualidade: nasceu com partes dos órgãos sexuais masculino e feminino.
Para Diana, a descoberta foi um momento de revelação, mas também de frustração. Sentia-se dividida entre as duas partes de si mesma e lutava para entender quem realmente era. Aos 18 anos, Diana tomou uma decisão importante: mudou o seu nome para refletir a sua identidade feminina. Este foi um passo crucial para se aproximar da mulher que sempre sentiu que deveria ser.
No entanto, os desafios não pararam por aí. Aos 30 anos, Diana enfrenta uma série de dificuldades relacionadas à sua condição. Esta tem o órgão genital masculino e o sistema reprodutor feminino, o que lhe causa desconforto físico e emocional. «Fisicamente, sinto-me uma criação mutante, uma aberração», admite. «Quando estou a fazer a minha higiene pessoal, chego a sentir nojo», confessa ainda.
Além das dificuldades físicas, Diana também enfrenta questões de saúde, como problemas de incontinência, que a obrigam a usar fralda. Esta condição, juntamente com sua aparência e a complexidade da sua identidade, dificultou a sua inserção no mercado de trabalho, afetando sua autoestima e a sua estabilidade financeira. A situação também teve impacto nos seus relacionamentos amorosos.
Diana está desesperada por uma cirurgia de correção genital que a permita sentir-se 100% mulher. A cirurgia é a sua esperança de poder finalmente viver a vida que sempre sonhou.
Veja aqui a conversa completa.