No «Dois às 10» recebemos Ricardo Fonseca , ex-enfermeiro, diagnosticado com duas doenças crónicas. Teve que parar de trabalhar e foi discriminado por vários profissionais de saúde
A dor crónica é muitas vezes estigmatizada, uma vez que é uma dor invisível. Limita os movimentos e, consequentemente, limita a atividade profissional. Muitas vezes os doentes são apelidados de preguiçosos, palavras amargas que abrem feridas difíceis de sarar. A tendência é para estas pessoas se isolarem e se culparem pela dor que sentem.
Depois de partilhar com alguns colegas, profissionais de saúde, que tinha sido diagnosticado com fibromialgia e espondilite anquilosante, Ricardo Fonseca começou a perceber que tinha que mudar o seu rumo profissional: «Estou aqui sentado e estou com dores, tenho dores 24 horas por dia e estou sempre medicado».
O ex-enfermeiro parou de trabalhar em junho deste ano: «Trabalhava em pediatria, não podia errar uma décima a dar a medicação a uma criança». O convidado partilha ainda com Cláudio Ramos que até a vestir roupa no inverno sente dores, pelo seu peso.
Não pode continuar na profissão que tanto o apaixona e sabe o quão difícil será encontrar um emprego sem parecer que está a fazer exigências ao empregador, contudo, Ricardo Fonseca acredita que tudo acabará por se encaminhar.