Filipe Santos foi condenado a 7 anos de prisão por vender haxixe. Saiu mais cedo por bom comportamento, quer trabalhar e recompor a vida, mas o preconceito das pessoas não deixa.
O convidado admite que na altura decidiu vender haxixe por estar desempregado e em desespero: «A minha filha pedia-me um iogurte para comer e eu não tinha». Foi apanhado e no momento em que entrou na prisão, a sua vida parou.
No tempo em que esteve preso, Filipe trabalhou e estudou. O seu comportamento exemplar fez com que tivesse liberdade muito mais cedo que o previsto. O que o convidado não sabia eram as dificuldades que ia enfrentar no mundo exterior, carregado de preconceito: «Se sabem que estive em reclusão não me dão trabalho».
Adriana, sua companheira, afirma que qualquer trabalho que consigam fazer, o casal faz: «Limpezas a casas, pinturas, não somos de negar trabalhos a ninguém!». A namorada explica ainda: «Ele não matou ninguém!» pois sente que as pessoas que os rodeiam têm medo de Filipe, pelo seu passado.
Em lágrimas, o casal pede oportunidades de trabalho para poder pagar as dívidas e pôr comida na mesa: «Já passei fome, eu e a Adriana. Parece que a vida me está a empurrar outra vez para o motivo que me fez ser preso, mas não volto».