Sofia Aparício viveu uma das experiências mais intensas e arriscadas da sua vida. A manequim e atriz integrou a Flotilha Humanitária Global Sumud, que partiu de Barcelona com destino a Gaza, com o objetivo de romper o cerco imposto por Israel e abrir um corredor humanitário. A missão terminou com a sua detenção pelas autoridades israelitas — e um regresso a Portugal marcado pela emoção e pelo trauma.
Sofia Aparício juntou-se à Flotilha Humanitária Global Sumud, uma das maiores missões de solidariedade dos últimos tempos, ao lado da deputada Mariana Mortágua e do ativista Miguel Duarte. O grupo tinha como missão entregar alimentos, medicamentos e água à população de Gaza, fortemente afetada pelo bloqueio israelita.
A atriz revelou que recebeu o convite para participar na missão e que não podia dizer que não ao facto de ver o genocídio a acontecer: "Demorei um dia a pensar. Tive de falar com o meu agente porque tinha trabalho marcado. O cliente foi impecável e adiou o trabalho, mas acabei por perder o trabalho porque a missão demorou mais tempo do que estava previsto. Não me arrependo. Se eu não fosse, nunca mais dormia com a consciência tranquila."
Partiram de Barcelona cheios de esperança, recordou Sofia no programa Dois às 10, onde regressou para contar a sua história. “Sabíamos que podia ser perigoso.”
Contudo, o cenário rapidamente mudou. Já em mar alto, os barcos foram alvo de drones e ataques que colocaram em risco toda a tripulação. A atriz acabou por ser intercetada pelo exército israelita, sendo levada à força e privada de água durante horas. Depois de dias de tensão e de incerteza, Sofia regressou finalmente a Portugal, onde foi recebida com emoção no aeroporto.