«Mesmo depois de provada a minha inocência, demorei dois meses a sair da prisão»

  • 18 mai 2022, 21:13

No «Dois às 10» Armindo partilha a sua história, desde o momento da condenação injusta, passando pelos dois anos preso e agora o seu dia-a-dia após o regresso a liberdade.

Armindo Castro esteve preso injustamente depois de ter confessado um crime que não cometeu. A sua tia fora assassinada em 2012 e, dois meses depois, o sobrinho é chamado para ser interrogado, juntamente com a mãe.

As horas foram passando, com Armindo a alegar sempre inocência, mas devido a tanta pressão acabou por confessar o homicídio da tia: “Só pensava na minha mãe e o no que ela estaria a passar. Pensei sempre que iriam apanhar o verdadeiro culpado». No dia seguinte, Armindo declara-se inocente em tribunal.

Os inspetores levaram Armindo a casa da tia para a reconstituição do crime, uma cena de crime inventada pelo próprio, para que nada acontecesse à sua mãe: «Fui colocado numa situação que me levou a confessar. Foram dias muito dolorosos, sempre à espera do dia em que seria feita justiça»

Esse dia chegou a 28 de outubro de 2014, quando Artur Gomes, vizinho da vítima, confessa o crime e se entrega à GNR. Artur confessa ainda que não tinha intenção de matar as idosas, precisava de dinheiro para comer e planeava apenas um assalto.

O ex-recluso admite aos apresentadores do «Dois às 10» que perdeu a sua vida, inocência e futuro: «Tenho receio que algo volte a acontecer e que a liberdade me seja retirada. Continuo a sentir que sou criminoso e a minha saúde mental nunca mais foi a mesma».

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