Terá a ameaça de morte à mãe de Jéssica relevância para o julgamento? A advogada Sofia Matos explica

  • 27 jun 2022, 20:38

A viver em clima de medo, a mãe de Jéssica foi ameaçada pelos populares durante velório e funeral e pode agora vir a ser constituída arguida no processo.

A mãe da menina fora ameaçada de morte por Ana Cristina, a raptora, caso denunciasse à polícia que a filha estava em casa desta. A advogada Sofia Matos esclarece que: «A ameaça de morte que fizeram à mãe de Jéssica, para que esta não os denunciasse à polícia, é um facto que em tribunal não terá relevância». Sofia Matos prossegue com a explicação: «É certo que ela foi coagida, mas uma mãe dá tudo para salvar a vida de um filho. Esta mulher negou-lhe auxílio».

Os suspeitos do caso de Jéssica estão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, ofensas à integridade física agravada, rapto, extorsão e omissão de auxílio e terão sequestrado a criança durante cinco dias. Mal se aperceberam da investigação, os agora arguidos fugiram para o mesmo bairro, onde foram detidos.

O interrogatório durou 4 horas e, durante esse tempo, a mãe da criança remeteu-se ao silêncio, enquanto os restantes suspeitos mantiveram sempre a versão de que Jéssica teria caído de uma cadeira.

Com quatro dias de vida, Jéssica fora sinalizada pela comissão de proteção de crianças e jovens em risco, tendo a mãe faltado a todas as convocatórias. O caso seguiu para o Ministério Público em 2020, tendo sido arquivado por não haver sinais de perigo. A menina era a mais nova de seis irmãos, todos eles retirados à mãe.

Jéssica morreu depois de ter sido sujeita a maus-tratos e agressões violentas, que a deixaram com ferimentos na cara e hematomas por todo o corpo. Algumas destas agressões, foram escutadas ao telefone pela mãe, para a coagir a pagar uma dívida inferior a mil euros

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