«Tirei gasolina com uma palhinha, escorreu para o chão e deu-se uma explosão»

  • 14 jun 2022, 19:47

Hoje, no «Dois às 10» contamos a história de Maria José. A convidada ficou com 70% do corpo queimado com apenas 10 anos.

A vida de Maria José foi marcada por uma tragédia. Com apenas 10 anos decidiu, por brincadeira, imitar o irmão e tirar gasolina da mota do pai para acender a lareira: «Tirei a gasolina com uma palhinha, escorreu para o chão e deu-se uma explosão», conta a convidada aos apresentadores.

Maria José queimou o rosto, as mãos e os pés no acidente. Foi induzida em coma durante dois meses e, quando acordou, não se reconheceu: «Era uma aberração, sentia-me um monstro».

A criança de Maria José acreditava que tudo iria passar, «como um plástico agarrado, uma proteção» que acabaria por sair, o tempo foi passando e entendeu que não seria assim.

Entre cicatrizações, transplantes de pele e reconstruções passou por mais de 30 cirurgias: «A dor era tão grande que eu entrava choque» - admite Maria José.

A convidada recorda-se de estar em casa  a recuperar e receber visitas constantes. Todos queriam ver o estado de Maria José, a criança da cara queimada. «As minhas amigas afastaram-se e aos 14 anos tive de sair da escola, porque sofria de bullying». Já na altura sentia que os que a rodeavam sentiam pena dela, mas fingia que estava tudo bem, pois o pai fazia o mesmo: «O meu pai era uma pessoa fechada, não havia espaço para diálogo como há hoje entre pais e filhos».

 A vida de Maria José foi marcada por uma tragédia. Com apenas 10 anos decidiu, por brincadeira, imitar o irmão e tirar gasolina da mota do pai, para acender a lareira: «Tirei a gasolina com uma palhinha, escorreu para o chão e deu-se uma explosão», conta a convidada.

Maria José queimou o rosto, as mãos e os pés no acidente. Foi induzida em coma durante dois

meses e, quando acordou, não se reconheceu: «Era uma aberração, sentia-me um monstro».

Enquanto criança, Maria José acreditava que tudo iria passar, que seria «como um plástico agarrado, uma proteção» que acabaria por sair. Mas, com o tempo, entendeu que não era assim.

Entre transplantes de pele, reconstruções e cicatrizações passou por mais de 30 cirurgias: «A dor era tão grande que eu entrava choque» - confessa Maria José.

Cláudio Ramos confronta a convidada com a falta de amor próprio, perguntando-lhe como é que uma pessoa com tão baixa autoestima, motivada  pelos traumas, pode atrair situações boas. Maria José responde: «Luto todos os dias para ser feliz, mas sinto que não sou nada como mulher» - admite ainda que os seus relacionamentos não correram bem e que a única força que a mantem viva é o amor pelas filhas.

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