Aos 2 anos foi diagnosticado a Ana um tumor cerebral impossível de operar. Deram-lhe cinco anos de vida e hoje tem quase 17.
Ana vive com morte anunciada e a mãe já se despediu da filha mais de 10 vezes, no entanto, o espírito positivo e a força da menina deixam qualquer um comovido: «Eu estou sempre ótima. Sempre me esforcei e acreditei que ia viver».
A mãe de Anocas, Alexandrina, começa por explicar aos apresentadores do «Dois às 10» como ensinou a filha a lidar com a doença: «A dor é inevitável, mas o sofrimento escolhe-se». Alexandrina admite ainda: «Quando começa uma aventura na pediatria oncológica também começa uma aventura no medo», mas a mãe nunca se deixou ficar.
Alexandrina é professora e deixou de trabalhar para se dedicar à filha: «Mudamo-nos do Porto para o Algarve por causa do tempo. Reparei que todos os anos, no inverno, a Anocas estava péssima. Ou no hospital, ou péssima em casa». A menina de 12 anos assume com um sorriso contagiante: «Amo o sol, o mar e a vitamina D».
Alexandrina acrescenta por fim: «A Anocas trouxe-me uma aprendizagem brutal. Sou um ser humano muito diferente do que era, porque ouvir todos os dias que a filha não tem futuro e que não é possível a recuperação... não é fácil».