Festa é festa

Ana Carolina Brito

Beatriz Barosa

20 anos. Bisneta de Corvocada e filha de João Maria. É uma “beta” de Lisboa, com tiques de “queque”, que apenas conhece a realidade da cidade. Não faz ideia de como é a vida numa aldeia. O máximo de “Portugal profundo” que conhece é de ter ido a meia dúzia de Festivais de Verão pelo país. Todavia, Ana Carolina não é uma rapariga fútil. É apenas convencida em demasia e de nariz empinado. É estudante do último ano de Estudos Portugueses, da Faculdade de Letras. Ana Carolina sofreu, recentemente, um desgosto de amor. Foi traída pelo seu namorado Bruno, com a sua melhor amiga, Filipa. Bruno não era um grande amor, mas mais por despeito do que outra coisa qualquer. Está a sofrer a rejeição e a traição. O seu pai João Maria, um “tio” lisboeta falido vê nesta zanga de namorados uma excelente oportunidade para enviar Ana Carolina para a aldeia “curar” o dito desgosto, com o objetivo da filha criar um laço afetivo com Corcovada, também com vista na herança da idosa. Cosmopolita e altamente tecnológica, Ana Carolina está prestes a viver um pesadelo numa aldeia onde a tecnologia nem sempre funciona. Mas a vida – e a sua bisavó – encarregar-se-á de lhe ensinar uma grande lição: que em quase tudo na vida, a beleza das coisas está na sua simplicidade... e o amor pode estar onde menos se espera.