No Goucha, o fadista António Pinto Basto deixa algumas críticas no ar.
António Pinto Basto celebra 54 anos de carreira. Hoje é nosso convidado para uma conversa de vida. Recordou o seu percurso e falou da atual geração, onde existem novos cantores e cada vez mais público jovem. Contudo, o cantor deixou críticas: «Dantes o fado era um clube e havia que entrar no clube. Há pessoas que estão ligadas ao fado, mas que não estão ligadas ao fado. Cantam fados, mas não cantam o fado. Não têm cultura fadista nenhuma».
Nasceu no Alentejo e é o mais novo de 3 irmãos. Cresceu numa família ligada ao fado e, por isso, desde cedo começou a cantar. Aos 13 anos, os pais levaram António a uma casa de fados e apaixonou-se. Contudo, este era o seu passatempo e viu na engenharia o seu principal plano.
Aos 18 anos, foi estudar para Lisboa e trabalhou 10 anos como engenheiro mecânico. Ao mesmo tempo, gravava originais e graças ao sucesso do tema «Rosa Branca» deixou a engenharia e dedicou-se à música.