No Goucha, Cláudio Ramos conversa com uma mãe que viveu a maior dor.
Catarina Amorim perdeu o filho aos 21 anos, depois deste ter sido colhido por um comboio. Recusa aceitar que o filho tenha colocado fim à vida e admite que ainda não conseguiu fazer o luto: «Como mãe, o meu coração diz-me que não foi de propósito»
Apesar de tudo, Catarina admite que o filho sofria e que poderia ter razões para estar no local.
Emocionada, admite sentir o filho consigo e descreveu um episódio em particular quando, sozinha, sentiu um beijo do mesmo: «Sinto o rosto do meu filho a passar»
Diogo foi pai com 18 anos de gémeas. Apesar da separação da mãe das filhas, Catarina diz que o filho nunca fugiu à responsabilidade de ser pai.
A nossa convidada recorda o dia do acidente com emoção. A outra filha de Catarina seguia num comboio na mesma linha onde o irmão foi colhido e soube do acidente sem saber que era o irmão. Quando descobriu, ficou em choque e ainda hoje sofre de stress- pós traumático. A própria Catarina ainda hoje não sabe lidar com a morte do filho.