Enquanto mãe, Cláudia enfrenta o maior dilema da sua vida

  • Goucha
  • 21 fev, 18:28

A vida de Cláudia Carvalho é um retrato de superação e resiliência. Aos 40 anos, carrega um passado marcado por dor e desafios, mas enfrenta o presente com coragem para cuidar da filha Mafalda, de 13 anos, diagnosticada com autismo severo não verbal e epilepsia. Desde os dois anos que a menina revelou sinais da doença, mas a realidade tornou-se cada vez mais difícil com o passar dos anos. A possibilidade de um internamento especializado surge como uma alternativa inevitável, mas recusada por Cláudia: "Não quero pensar. Acho que nesse dia vou chorar baba e ranho. Não é abandoná-la, mas vão me tirar uma parte de mim"

O diagnóstico que mudou tudo

Aos dois anos, Mafalda foi diagnosticada com autismo severo e epilepsia, uma revelação que abalou profundamente Cláudia e o marido. “Quando disseram que a minha filha era autista, fiquei muito revoltada. Sou católica, mas coloquei a minha fé em causa e questionei Deus”, confessa.

Desde então, a sua vida tornou-se uma batalha diária para proporcionar à filha os melhores cuidados possíveis. Contudo, as dificuldades são imensas. Mafalda é uma criança extremamente agressiva, e os episódios de violência têm sido cada vez mais difíceis de controlar. O comportamento de Mafalda representa um desafio constante para os pais e para os profissionais que a acompanham. “Tenho marcas nas paredes das cabeçadas da Mafalda…  Ela já me fez um traumatismo craniano”, desabafa Cláudia. Contudo, admite que a filha não sabe o que se passa: "A Mafalda ensinou-me que o amor pode curar feridas muito produndas. Lida-se com amor extremo e incondicional"

Apesar das dificuldades, Mafalda frequenta uma escola de ensino especial, onde tem feito alguns progressos dentro das suas limitações. No entanto, os episódios de agressividade continuam a ser frequentes e preocupantes. 

Apesar de tudo, esta mãe continua a lutar pelo bem-estar da filha, sem perder a esperança de que, um dia, Mafalda possa ter uma vida mais estável. “Aprendi a aceitar a doença da minha filha, mas não é fácil”, afirma, com a determinação de quem nunca desistirá.

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