No «Goucha», a convidada fala sem tabus sobre a sexualidade na deficiência e conta como foi a sua gravidez.
Sara Soares sofreu um acidente de viação e ficou tetraplégica. Com muita força de vontade, vive numa cadeira de rodas e considera-se “uma deficiente descomplicada”. Sara quis falar perante os portugueses que é possível lutar pela felicidade. Sara é um exemplo para todas as pessoas e falou sobre temas que não são muito ouvidos, como a sexualidade na tetraplegia. A convidada explicou que a vida sexual continuou e até engravidou. Explica que não tem a mesma sensibilidade, mas teve as dores do parto: «Senti as contrações à minha maneira»
«O coração bate muito, sinto arrepios horríveis, começo a transpirar e não consigo respirar». Foi assim que Sara descreveu as contrações do parto. Não foi por ficar tetrapégica que a hipótese de ser mãe foi colocada de lado. Sara explicou que a gravidez correu de forma perfeita e não se sente mãe diferente por estar numa cadeira de rodas.
Apesar de conseguir mexer as pernas e os braços, é considerada tetraplégica devido à sua lesão medular. Sara e o namorado iam a caminho das festas de Palmela quando tiveram o acidente. Despistaram-se e embateram numa árvore. A convidada foi levada para o hospital, onde ficou três meses em coma. Sara teve uma lesão medular completa: «Parti o osso do pescoço e isso deixou-me numa cadeira de rodas».
A convidada iniciou exercícios de reabilitação e com o apoio da família deu a volta aos medos. Atualmente, Sara quer alertar para a importância de pedir ajuda.