A afluência às urnas nas eleições autárquicas deste domingo foi a maior desde 2005, tendo a abstenção se fixado nos 40,74%.
As últimas eleições autárquicas tiveram uma abstenção de 46,4%, o segundo maior valor de sempre.
De acordo com dados oficiais, votaram nestas eleições 5.513.431 eleitores.
Mais de 9,3 milhões de eleitores poderam votar nestas autárquicas, segundo os dados do recenseamento disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
Dos 9.303.840 eleitores inscritos, 9.262.722 são nacionais e, dos restantes, 18.319 são eleitores estrangeiros da União Europeia (UE) e 22.799 são estrangeiros provenientes de fora da UE, em ambos os casos recenseados em território nacional.
Os eleitores escolheram os órgãos dirigentes das 308 Câmaras Municipais, 308 Assembleias Municipais e 3.221 Assembleias de Freguesia.
O PSD foi o vencedor da noite recuperando a liderança no poder local, que tinha perdido em 2013, com Luís Montenegro a comparar a sua ‘perfomance’ eleitoral à frente do partido com os tempos de Cavaco Silva.
O PSD venceu em 136 concelhos contra 128 do PS.
Depois de em 2013 e 2017, sob a liderança de Pedro Passos Coelho, o PSD ter registado os piores resultados de sempre em eleições locais – conseguindo a presidência de 106 e 98 câmaras, sucessivamente -, em 2021, já com a direção de Rui Rio, registou-se uma inversão de tendência.
Há quatro anos, o PSD tinha vencido em 114 autarquias (72 sozinho e 42 em coligação), e encurtou a diferença para os socialistas de 63 para 35 câmaras, que venceu 149.
Hoje, conseguiu alterar essa relação de forças com os socialistas, o que o presidente do PSD e também primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou um sinal de confiança reforçada no rumo que o partido tem dado na liderança do país e das duas Regiões Autónomas.
No entanto, o PSD perdeu capitais de distrito em relação há quatro anos (lidera agora sete, contra nove há quatro anos): ficou sem os bastiões Bragança e Viseu e câmaras que detinha como Coimbra e Faro; em contrapartida, ganhou Beja pela primeira vez e recuperou o Porto, mantendo Aveiro, Braga, Lisboa, Portalegre e Santarém.