«Jardim não se interessa pela Madeira», diz PCP - TVI

«Jardim não se interessa pela Madeira», diz PCP

  • Portugal Diário
  • 19 fev 2007, 21:00

Que acrescenta que «é inaceitável» porque está destituída de legitimidade

O líder do PCP-Madeira, Edgar Silva, disse esta segunda-feira ser «compreensível» a decisão de Jardim de demitir-se, considerando, contudo, que o anúncio da recandidatura «é inaceitável, porque está destituída de legitimidade».

Edgar Silva considerou que a «eventual reeleição de Alberto João Jardim será mais do mesmo», pois está inserida num quadro político semelhante ao que motivou a sua demissão.

Acusou ainda Alberto João Jardim de «não estar interessado nos superiores interesses dos madeirenses, mas em impor o seu interesse particular, os seus mais estreitos objectivos individuais, a sua ambição político-pessoal, sendo um gerador de instabilidade e crise».

Por seu turno, Paulo Martins do Bloco de Esquerda, manifestou idêntica opinião, afirmando que «se compreende a demissão, mas não é aceitável porque as eleições não vão resolver nada das razões pelas quais se demite».

Para o dirigente bloquista insular, o PSD-M corria o risco de perder a maioria nas eleições legislativas regionais de 2008, «e para minorar este risco interess a aos sociais democratas dramatizar a situação, para ver se conseguem manter a sua liderança absoluta na Região».

De acordo com Paulo Martins, «o eleitorado da Madeira irá julgar esta atitude que revela que o PSD-M apenas se move pela questão do poder».

CDS-PP pode ser beneficiado

O líder do CDS/PP-Madeira, José Manuel Rodrigues, afirmou esta segunda-feira que a demissão de Alberto João Jardim «não resolve os problemas de fundo da Madeira», provocados sobretudo pela redução dos fundos comunitários e Lei de Finanças Regionais, escreve a Lusa.

O dirigente centrista considera que a demissão do líder regional pode vir a beneficiar o seu partido, por força da entrada em vigor da nova Lei Eleitoral.

«O CDS/PP está preparado para eleições e, em princípio poderá sair beneficiado», referiu ao aludir às alterações introduzidas pela nova Lei Eleitoral que reduz de 68 para 47 os deputados no parlamento madeirense.

Para o presidente dos populares madeirenses, a demissão de Jardim vem «provocar uma crise desnecessária».

«Não se esperava uma demissão, mas uma afirmação de um governo com coragem para dar a volta a esta situação», defendeu José Manuel Rodrigues.

Sustentou que a Madeira «precisava era de estabilidade e não de radicalismos, confrontos e trabalhos eleitorais».

Sobre o anúncio da recandidatura de Alberto João Jardim, considerou que «será mais do mesmo», apontando que «Jardim e Sócrates são partes do problema» criado à Região e «só o povo pode agora ser parte da resolução».
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