A arma usada nas filmagens do filme "Rust" pelo ator norte-americano Alec Baldwin não pode ter disparado sozinha, indica o relatório do FBI divulgado pela televisão norte-americana ABC News. O ator manuseava o adereço quando este disparou, atingindo fatalmente a diretora de fotografia, Halyna Hutchins. O realizador do filme, Joel Souza, também foi atingido, tendo ficado ferido.
Segundo o relatório da polícia federal, a arma em questão, uma Colt.45, não podia ter sido disparada sem que o gatilho fosse premido, o que contradiz o que o ator disse numa entrevista em dezembro de 2021.
Em declarações à estação norte-americana o ator afirmou que o "gatilho não foi premido". "Eu não premi o gatilho", reiterou depois.
O relatório forense faz parte da investigação criminal sobre a morte de Alyna Hutchins, que está sob alçada das autoridades do condado de Santa Fé, nos Estados Unidos. O Ministério Público pode ainda avançar com acusações criminais contra o ator, estando isso dependente da análise dos registos telefónicos de Alec Baldwin.
O caso aconteceu a 21 de outubro de 2021, quando o ator ensaiava um disparo, que matou Alyna Hutchins e feriu Joel Souza. Segundo os registos de investigação, o acidente aconteceu depois do assistente Dave Halls ter ido buscar uma arma de adereço que entregou a Alec Baldwin gritando a expressão "cold gun", o que significa que era seguro usar a arma, por não estar carregada com munições verdadeiras.
A guionista do filme, Mamie Mitchell, que alertou as autoridades logo após o disparo, avançou com um processo contra o ator e os produtores do filme, alegando negligência do protocolo de segurança nas filmagens.
Em fevereiro, a família da cineasta apresentou uma queixa contra Alec Baldwin, alegando "danos “substanciais”.