Um problema técnico num avião impediu a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã de partir para a Oceânia no domingo. Houve uma nova tentativa no dia seguinte, mas o resultado foi o mesmo. Annalena Baerbock foi obrigada a cancelar viagem após o incidente “mais do que irritante”.
“Já tentámos tudo: infelizmente, é logisticamente impossível continuar a minha viagem ao Indo-Pacífico com o avião defeituoso”, escreveu no X, garantindo que “é mais do que irritante”. A ministra dos Negócios Estrangeiros já lamentou que as reuniões com os líderes da Austrália, Nova Zelândia e Fiji não aconteçam.
Wir haben alles versucht: leider ist es logistisch nicht möglich, meine Indo-Pazifik-Reise ohne den defekten Flieger fortzusetzen. Das ist mehr als ärgerlich. 1/2
— Außenministerin Annalena Baerbock (@ABaerbock) August 15, 2023
Annalena Baerbock partiu no domingo para uma viagem de Estado de uma semana à Oceânia, mas um problema mecânico após o reabastecimento do Airbus A340, de 23 anos, da frota alemã obrigou ao regresso do mesmo a Abu Dhabi. Em causa esteve uma falha nos flaps das asas, que se repetiu na noite de segunda-feira, quando tentaram pela segunda vez iniciar a viagem.
O avião foi obrigado a abandonar o tanque cheio de combustível em ambas as ocasiões para uma aterragem segura, explicou a força aérea alemã nas redes sociais. A Agência Alemã do Ambiente, citada pelo Guardian, já veio garantir que os danos ambientais causados pela descarga de combustível a uma determinada altura são mínimos.
O incidente gerou uma série de comentários no país, já que não é a primeira vez que algo do género acontece com a frota aérea do governo alemão, que custa milhões aos contribuintes todos os anos.
Annalena Baerbock já tinha sofrido constrangimentos devido a problemas mecânicos este ano, quando em maio foi forçada a prolongar uma viagem à região do Golfo Pérsico após um incidente com um pneu do avião, quando estava no Qatar. Outro caso: um Airbus A340 foi também obrigado a uma aterragem de emergência em 2018 quando transportava Angela Merkel e Olaf Scholz a Buenos Aires, para a cimeira do G20.
“A força aérea é cara, pouco fiável e causa uma pegada ecológica excessiva. Esta não é a forma de salvar o clima e o orçamento federal”, escreveu Gesine Lötzsch no Twitter. Em entrevista ao Der Spiegel, a deputada garante que é altura de “introduzir uma mudança radical” na frota aérea alemã.
Die Flugbereitschaft ist teuer, unzuverlässig und verursacht einen übergroßen ökologischen Fußabdruck. So wird das nichts mit der Rettung des Klimas und des Bundeshaushaltes.
Zum Artikel auf @spiegelonline:https://t.co/Xpu3duyXCh pic.twitter.com/sbIDzYW91e
— Gesine Lötzsch (@LoetzschMdB) August 15, 2023
Depois dos dois incidentes recentes, a Força Aérea Alemã anunciou a retirada dos dois A340, que deve acontecer “nas próximas semanas”. Inicialmente estava previsto acontecer apenas em setembro de 2023 e para o final de 2024.
Mit den #A350 stehen der Flugbereitschaft robuste und moderne Flugzeuge für die Langstrecken zur Verfügung.
— Team Luftwaffe (@Team_Luftwaffe) August 15, 2023
Wir werden die beiden #A340 so schnell wie möglich, d.h. in den kommenden Wochen vorzeitig außer Dienst stellen.
Die beiden Airbus A340 sollten ursprünglich im September… pic.twitter.com/P7HP3APex1