O Bochum, despromovido à segunda liga há poucos meses, entrou numa nova era ao incorporar a inteligência artificial nas operações de trabalho. Apesar do início de temporada particularmente atribulado, marcado pelo despedimento do treinador Dieter Hecking e do diretor desportivo Dirk Dufner, e com três treinadores ao comando em apenas três semanas, o emblema alemão apostou numa reformulação profunda através da tecnologia e inteligência artificial.
O Bochum encontra-se em negociações com a Plaier, plataforma de análise de futebol baseada em dados. A parceria visa não apenas prever a evolução de atletas e identificar potenciais reforços, mas também avaliar o desempenho de jogadores e apoiar a escolha de um novo diretor desportivo. Entre as opções esteve Maximilian Hahn, chefe de olheiros do West Ham, conhecido pelos métodos baseados em dados, mas as limitações financeiras e o salário atual a rondar os 200 mil euros impediram o acordo.
Por isso, o Bochum avalia Bernd Korzynietz, ex-jogador do Borussia Mönchengladbach e atual olheiro das equipas jovens do Bayer Leverkusen. Com uma visão mais humana e intuitiva, que contrasta com Hahn, representa a tentativa de o Bochum equilibrar a tecnologia com a experiência profissional.
Segundo o Sport Bild, o acordo com a Plaier supera os 100 mil euros por ano, com bónus adicionais ligados a transferências bem-sucedidas e à valorização de atletas indicados.
Till Grönemeyer é a principal figura por trás desta mudança. O vice-presidente defende a abordagem inovadora, na qual a inteligência artificial complementa o trabalho dos olheiros, ajudando a guiar decisões estratégicas.
Enquanto grandes clubes europeus como o Liverpool, o Manchester City ou Bayern Munique recorrem à inteligência artificial para prevenir lesões e analisar táticas, o Bochum pretende ir mais longe, atribuindo à tecnologia um papel ativo nas decisões do clube.
Este emblema é 17.º na segunda liga alemã, com sete derrotas em oito partidas.