O presidente do conselho de administração da TAP, que foi demitido pelo Governo esta segunda-feira, acusa o próprio Governo de ter a “exclusiva responsabilidade” no caso da saída de Alexandra Reis da administração da empresa.
Num comunicado partilhado através da rede social Linkedin, Manuel Beja aponta “problemas de governança na empresa”, afirmando que a saída da gestora “foi aprovada pelo acionista”, que neste caso é o Estado.
“A partir do momento em que essa indicação foi dada pelo representante do acionista, numa matéria que é da exclusiva responsabilidade deste”, apenas deu “sequência” ao que foi decidido.
Manuel Beja foi esta segunda-feira demitido da presidência do conselho de administração da TAP "por justa causa", conforme anunciado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, que apresentou o relatório da Inspeção-Geral de Finanças sobre o caso.
Esta é a reação à decisão conhecida esta segunda-feira e que surge após o relatório da IGF relacionado com a indemnização paga em fevereiro de 2022.
Alexandra Reis esteve apenas 25 dias como secretária de Estado do Tesouro no Ministério das Finanças, liderado por Fernando Medina. Saiu no fim de 2022 e mais tarde fez cair todo o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, com Pedro Nuno Santos à cabeça.
A verificação pela IGF da legalidade da indemnização paga a Alexandra Reis foi determinada a 27 de dezembro do ano passado pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e pelo então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.