Mais de 20 mil alunos do 3.º ao 12.º anos vão estudar este ano com manuais escolares digitais, segundo um projeto piloto lançado pelo Governo que pretende substituir gradualmente os manuais em papel.
A substituição dos livros em papel por manuais digitais vai chegar este ano letivo a 160 escolas, segundo dados do Ministério da Educação avançados à Lusa.
De acordo com o Ministério, o calendário da chegada dos manuais digitais aos diferentes níveis de ensino varia de escola para escola, cabendo às direções escolares decidir quando deve ser feita essa substituição.
“No ano letivo de 2023/2024, estarão integrados neste projeto turmas do 3.º ao 12.º anos de escolaridade. Há escolas que optaram por ter todas as turmas de um mesmo ano de escolaridade ou até de mais de um ano de escolaridade envolvidas. Noutras, por questões de opção da própria escola, decidiram envolver apenas algumas turmas de alguns anos de escolaridade”, adiantou.
Esta é a 4.ª fase do Projeto-Piloto Manuais Digitais que vai contar com a participação de “160 escolas, 1.153 turmas e cerca de 21.260 alunos (número que ainda não está fechado)”.
O número de alunos a usar manuais digitais quase duplicou face ao ano passado. No ano letivo 2022/2023, o novo modelo chegou a 11.437 alunos de 575 turmas de 68 agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas.
Em entrevista à Lusa, no arranque do passado ano letivo, o ministro da Educação, João Costa, revelou que esperava que até ao fim da legislatura, que termina em 2026, todas as escolas tivessem manuais digitais.
João Costa defendeu, no entanto, a importância de manter o contacto com os livros em formato papel entre os alunos mais novos.