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Polícias acusados de fuzilar cidadãos

Moçambique: colegas ignoram ordem para deter os agentes suspeitos

A Polícia moçambicana está a ser criticada pelos órgãos de comunicação social do país pela sua alegada recusa em deter três dos seus agentes, acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de terem executado supostos criminosos em Abril, noticia a Lusa.

Um inquérito da Procuradoria moçambicana, divulgado esta semana, deu como provado que três agentes da polícia assassinaram, com sete tiros, três indivíduos num matagal nos arredores de Maputo.

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Segundo a investigação, a polícia atirou a curta distância e acertou mortalmente na nuca dos três indivíduos, circunstâncias que confirmam «a intenção de matar».

As conclusões da Procuradoria moçambicana refutam uma investigação policial aos mesmos factos e refere que os três indivíduos foram mortalmente baleados quando tentavam fugir durante uma diligência policial.

No início desta semana, a PGR emitiu ordens de captura contra os três agentes da polícia, mas as autoridades policiais ignoraram tais mandatos, continuando os agentes em liberdade, segundo fontes da procuradoria.

«Não se pode crer que os agentes da polícia convocados a comparecer perante a magistrada do caso se recusaram por recreação a ir à procuradoria. Alguém, por motivos inconfessáveis, ordenou que esses agentes - os autores materiais do crime - não se apresentassem no local e hora constantes nas notificações», escreve em editorial o semanário Zambeze, de Maputo, na sua edição de quinta-feira.

Para o jornal, «é de supor que alguém disse aos agentes da polícia indiciados de execuções para não comparecerem aos interrogatórios e assim desobedecerem à procuradoria, pondo em causa os poderes que são constitucionalmente incumbidos àquele órgão».

Com esse entendimento, o jornal sugere o envolvimento de chefias policiais nos assassínios, como, aliás, tem sido a tese defendida por vários círculos. Num editorial publicado hoje, o Savana, também editado em Maputo, alinha igualmente no mesmo tom de crítica à actuação da polícia.

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