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Avião: português vivia nos EUA

São Paulo: cidadão português que morreu na explosão do avião da TAM era um empresário do Santander e vivia nos Estados Unidos. Presidente da TAM afirma que aeroporto é «seguro» e que pista molhada e peso do avião não causaram acidente

[Última actualização às 22h15]

Um cidadão português estava entre os passageiros do avião da TAM que esta terça-feira se despistou durante a aterragem no aeroporto de Congonhas, em S. Paulo, Brasil. Ao que o PortugalDiário conseguiu apurar, trata-se de um homem, Pedro Abreu, de 37 anos, empresário, que actualmente vivia nos Estados Unidos e trabalhava no banco Santander, em Miami.

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O irmão do português morto desembarcará quinta-feira em São Paulo para ajudar nos trabalhos de identificação do corpo, informou hoje, à Agência Lusa, o embaixador de Portugal no Brasil. Francisco Seixas da Costa salientou que o Consulado de Portugal em São Paulo dará «completo apoio na identificação e na futura trasladação» do corpo do cidadão português para Portugal.

Contactado pela Agência Lusa, o grupo espanhol Santander admitiu, através de um porta-voz, que o português morto era funcionário de sua unidade em Miami, nos Estados Unidos, e que estava no Brasil numa viagem de trabalho.

Fonte da Secretaria de Estado das Comunidades (SEC) disse ao PortugalDiário que «não há indicação que houvesse mais portugueses a bordo». A SEC disponibilizou um número de telefone especial para os portugueses que receiem que os familiares figurem entre as vítimas do acidente aéreo em S. Paulo, pudessem dar ou obter informações. Durante todo o dia, as chamadas não pararam, tendo ultrapassado os 400 telefonemas. O número de telefone é 961.50.95.79.

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Saber se há portugueses entre as vítimas é um processo demorado, não só devido à semelhança de nomes nos dois países como também porque o avião em causa fazia um voo interno, em que as pessoas não precisam de fornecer todos os elementos de identidade.

Vítimas indemnizadas

O presidente da TAM, Marco António Bolonha, garantiu hoje em conferência de imprensa que todas as vítimas do acidente aéreo serão indemnizadas. Segundo explicou o responsável o avião A320 da TAM tinha capacidade para 185 pessoas, mas estava com 186 pessoas a bordo, uma vez que um bebé viajava ao colo da mãe.

O presidente explicou ainda que as famílias das vítimas vão ser contactadas «individualmente» nos próximos dias e que serão efectuados «pagamentos antecipados para fazer frente a despesas» das famílias.

Cinco funcionários desaparecidos

Marco António Bolonha adiantou também que três funcionários da TAM Express morreram, cinco estão desaparecidos e 11 estão hospitalizados após o acidente de ontem. Estas vítimas estavam no prédio da companhia que foi atingido pelo avião. No total estariam dentro do edifício entre 50 e 60 pessoas.

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«Aeroporto seguro»

O responsável máximo da companhia TAM assegurou esta tarde aos jornalistas que o Aeroporto de Congonhas é «seguro». «Tem restrições como em qualquer parte do mundo, mas é um aeroporto seguro». Já O vice-presidente técnico da TAM, Rui Amparo, afirmou que o avião não tinha nenhum problema técnico, e que a última revisão foi feita no dia 13 de Junho.

A TAM explicou ainda que não houve nenhuma indicação de problemas com a pista nos dias anteriores, para além, do que ocorreu com o voo que vinha do Pantanal. Ocorreram no dia do acidente 116 aterragens e 113 descolagens «sem problemas». O avião pousou com o peso de 62,7 mil toneladas e que o peso máximo para aterragens em pista molhada é de 64,5 mil toneladas, portanto, segundo a TAM, estaria dentro do peso de segurança determinado.

O presidente da TAM garantiu também que o facto de a pista de Congonhas ainda não ter grooving (ranhura) não influenciou o acidente. Segundo ele, mesmo sem ranhura, a pista pode suportar aterragens com lâmina de água até 3 mm. A informação existente refere que a lâmina no momento do acidente era menor.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que pelo menos 162 corpos foram retirados dos escombros do avião até as 14h15 (hora São Paulo) desta quarta-feira.

Com Lusa

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