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Brasil: pilotos recusam aterrar em Congonhas

Em dias de chuva. Lula quer novo aeroporto. Número de vítimas sobe

Enquanto os trabalhos prosseguem na pista principal do aeroporto de Congonhas e a retirada de escombros do prédio onde o avião da TAM embateu está longe de terminar, a companhia aérea decidiu que os pilotos não aterram no aeroporto de congonhas em dias de chuva. E foi exactamente isso que aconteceu esta segunda-feira.

Pelo menos oito voos da TAM foram desviados do Aeroporto de Congonhas para o Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica). A decisão da TAM vai valer enquanto não for implementado o grooving - as ranhuras que permitem o escoamento da água na pista.

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Entretanto, o Ministério Público Federal decidiu pedir, na Justiça, o encerramento definitivo de Congonhas. Um pedido que irritou os responsáveis da Infraero, empresa que administra os aeroportos, que já fizerem saber que vão recorrer da decisão no caso de os juízes optarem pelo fecho, tanto mais que, dizem, isso iria «causar o caos».

O presidente Lula da Silva não refere o encerramento definitivo de Congonhas, mas anunciou esta segunda-feira que, no prazo de 90 dias, será apresentada uma proposta e um local para a construção de um novo aeroporto em São Paulo.

Lula afirmou também que é preciso diminuir os voos no Aeroporto de Congonhas e acabar com as ligações feitas através deste aeroporto. «Vamos tentar fazer um outro aeroporto para diminuir as possibilidades de uma nova tragédia», justificou.

O presidente pediu também a compreensão dos brasileiros para que «não haja julgamento precipitado de quem quer que seja». E, sobre as causas do acidente, acrescentou: «Não há hipótese alguma da verdade não vir à tona».

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A TAM já considera o taxista Thiago Domingos da Silva, 22, como uma das vítimas desaparecidas entre os destroços do Airbus-A320 e os escombros do prédio de sua central de cargas e do posto de gasolina onde ele estava parado com o seu Corsa no momento do acidente.

Com a inclusão deste taxista, juntamente com outras oito pessoas (cinco funcionários da TAM Express e três prestadores de serviços), o número de vítimas do vôo JJ 3054 subiu de 197 para 198.

Desse total de 198 vítimas, 187 estavam no avião e 11 fora, nas quais se inclui o taxista. Até agora já foram identificados 63 corpos e as autoridades continuam a recolher sangue de parentes das vítimas.

Enquanto isso, prossegue a retirada de escombros do prédio da TAM. Os bombeiros já enviarem para o Instituto de Medicina Legal da capital paulista cerca de 220 sacos com fragmentos de corpos.

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