Os agricultores e pescadores de Ribeirão do Carmo, no estado de Minas Gerais, no Brasil, não só acreditam na existência do Caboclo d`Água como estão determinados em apanhar a criatura que, até prova diferente do relato, permanece no campo da ficção, do sobrenatural ou, pelo menos, das espécies desconhecidas.
Para apanharem o Caboclo, os membros da Associação de Caçadores de Assombração de Mariana (Acam) oferecem um milhão de reais (cerca de 378 mil euros). Para ganhar o dinheiro, o voluntário terá de sujeitar-se a ser um isco humano que vai atrair a criatura para dentro de uma jaula. A outra oferta disponível -se não for possível a captura - vale 10 mil reais (cerca de 3.788 euros) para quem consiga uma fotografia.
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O Caboclo d`Água é uma criatura temida pela sua ferocidade com unhas e dentes temíveis. Ao «Globo», o talhante Mucci Kfouri diz que «o bicho é brutal, é muito sinistro». «Ele fura a barriga do animal e come as tripas, dentro da cabeça também. E chupa o sangue, mas deixa a carne», contou o homem que há dois anos viu o Caboclo a banquetear-se com um boi.
A armadilha está agora delineada. A jaula está feita e aoperação conta ainda com rádios, máquinas fotográficas, redes, aparelhos GPS e armas não letais. O objetivo é o isco humano ter metade do corpo dentro da jaula submersa, atrair o Caboclo lá para dentro e sair por outro lado o mais rapidamente possível.
Nesta altura existem dois voluntários - um terceiro já desistiu -, mas para ser candidato a isco de um milhão de reais é preciso passar em exames médicos e provar que se tem capacidade física para ficar um dia inteiro no ribeiro e enfrentar o Caboclo, se for caso disso.
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