O primeiro homem que experimentou injetar tinta no olho foi Luna Cobra, um tatuador norte-americano. O objetivo inicial era manter a semelhança com as personagens do filme de ficção científica «Dune», que têm os olhos azuis.
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«Havia uma concentração de tatuadores no Canadá e um velho amigo tinha usado o Photoshop para criar uma imagem em que substituía o branco dos olhos por azul, como em «Dune». Eu disse-lhe: “Acho que posso fazer isso na realidade”», disse Luna Cobra à BBC.
A sua técnica, que foi evoluindo ao longo dos anos, envolve a injeção de um pigmento diretamente no globo ocular para que a tinta repouse sob uma fina camada do olho. Uma pequena injeção de tinta é suficiente para cobrir cerca de um quarto do olho, que fica colorido para sempre.
O tatuador disse que já utilizou esta técnica em centenas de pessoas, nas cores de azul, verde, vermelho e preto e nos países de Singapura, Sydney, Reino Unido e Estados Unidos da América.
Kylie Garth, funcionária do estúdio de Luna Cobra, em Sydney, ficou seduzida à técnica de pintar o globo ocular.
«Foi mentalmente intenso», disse Kylie sobre as injeções. «Parece que alguém está a cortar o nosso olho, sente-se uma pressão estranha. Depois parece que se tem um pouco de areia no olho, mas não há dor», referiu.
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«É chocante. Não tínhamos ideia de que seria assim. E agora há uma obsessão por isto. É uma pena, porque eu acho que é algo realmente bonito, mas que seguiu um mo estranho», complementa.
A Associação Americana de Optometria condena a prática, dizendo que coloca o paciente em risco de infecção, inflamação e cegueira.
"O meu conselho é para não fazer, considerando-se que há risco de dor e perda da visão", diz Jeffrey Walline, presidente da associação.
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