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Ministério justifica não penalização de erros

Erros ortográficos não são avaliados para permitir diagnóstico de falhas

O Gabinete de Avaliação Educacional justificou hoje a ausência de penalização de erros ortográficos na parte das provas de aferição dedicada à interpretação de texto com a necessidade de avaliar separadamente diferentes competências da língua e traçar estratégias distintas, escreve a Lusa.

Em declarações à agência Lusa, o director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), Carlos Pinto Ferreira, explicou que a prova de Língua Portuguesa do 4º e 6º anos testa a compreensão de texto, o conhecimento da língua e a expressão escrita, competências avaliadas em separado para permitir aos serviços da tutela identificar as lacunas dos alunos em cada uma.

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«Não faz sentido penalizar a incorrecção ortográfica na primeira parte, quando o que se pretende perceber é se o aluno compreendeu ou não o texto. Se uma dessas perguntas tiver zero porque tem um erro não conseguimos avaliar se o aluno percebeu o texto», disse o responsável, adiantando que «obviamente» os erros ortográficos, a incorrecção gramatical e a má construção frásica são avaliados e penalizados nas restantes partes da prova.

Segundo Carlos Pinto Ferreira, trata-se de uma «técnica de avaliação» que permitirá ao Ministério da Educação elaborar relatórios para cada escola, nos quais serão identificadas as principais dificuldades dos alunos em cada uma das competências e delineadas estratégias diferentes para as combater.

«Com esta técnica, poderemos vir a concluir que os alunos percebem os textos e a competência de interpretação está a ser bem adquirida, mas que há lacunas graves ao nível da escrita», exemplificou, lembrando que o objectivo das provas de aferição não é avaliar os alunos, mas fazer um diagnóstico do sistema de ensino.

O Diário de Notícias noticia hoje que os «erros de ortografia não contam para a avaliação», escrevendo que «erros de construção frásica, grafia ou de uso de convenções não são para descontar» nas referidas provas, informação entretanto desmentida «liminarmente» pelo Ministério da Educação.

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