Um dos três portugueses acusados de garimpo ilegal de diamantes na província do Huambo está actualmente em fuga e a ser procurado pelas autoridades angolanas, disse esta sexta-feira à Lusa fonte oficial.
De acordo com o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) no Huambo, Manuel Lizardo Gordo conseguiu fugir da polícia e encontra-se actualmente em parte incerta.
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Os outros dois portugueses, Rui Manuel da Silva Gouveia e Orlando Francisco da Silva Rodrigues, foram detidos na mesma operação policial na região do Hengue, município do Bailundo, no norte da província do Huambo.
De acordo com as autoridades, os três portugueses foram apanhados na posse de material usado habitualmente para o garimpo e já tinham escavado um buraco de quatro metros quadrados e nove metros de profundidade para proceder à extracção dos diamantes.
Tanto Rui Gouveia, como Orlando Rodrigues estavam ilegais em Angola. O primeiro entrou a 10 de Fevereiro com um visto de turista que entretanto já expirou, enquanto o segundo tinha um visto de trabalho que expirou em 2006 sem que tenha sido prorrogado.
Rui Gouveia e Orlando Rodrigues estão actualmente detidos na prisão do Huambo aguardando a instrução do processo, disse à Lusa fonte da delegação provincial do SME, que, no entanto, não sabia há quanto tempo aí se encontram.
O director do SME no Huambo, Manuel Miguel, explicou à agência de notícias angolana Angop na quinta-feira que os portugueses tinham sido apanhados pela polícia este mês.
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A Lusa contactou o Consulado de Portugal em Benguela, onde uma funcionária, na ausência do cônsul e da vice-cônsul, adiantou que não tinham qualquer informação de portugueses detidos por garimpo ilegal.
Ainda de acordo com Manuel Miguel, os portugueses tinham na sua posse, na altura da detenção, material passível de ser usado na prospecção de diamantes, como pás, picaretas, enxadas, uma moto-bomba, um gerador eléctrico e mangueiras.
Trata-se do primeiro caso de detenção de garimpeiros no Huambo, onde só recentemente começaram a surgir rumores da existência de diamantes, nomeadamente nos municípios do Bailundo e de Mungo, no norte da província.
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