O Governo prepara-se para travar o aumento de capital das Águas de Portugal (AdP) de 100 milhões de euros. O jornal Público revela que o Executivo deu indicações para que a operação seja inviabilizada.
O Governo quer também perceber os contornos do aumento de capital, depois de a Parpública - que detém 81% da empresa - e a Caixa Geral de Depósitos terem decidido distribuir justamente 100 milhões de euros pelos acionistas, no fim do ano passado.
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A Águas de Portugal terminou 2023 com resultados líquidos positivos de 57,7 milhões de euros.
Segundo o jornal ECO, a decisão acontece depois de Fernando Medina ter decidido, a 29 de dezembro, tirar 100 milhões à AdP para melhorar contas públicas, uma operação que o presidente da empresa pública, José Furtado, foi contra.
A decisão do então ministro das Finanças foi tomada durante uma assembleia geral extraordinária da empresa pública e que prevê o pagamento de um dividendo extraordinário de 100 milhões de euros ao Estado, receita de capital que ajudou à redução do défice público e da dívida pública.
De acordo com o Eco, o objetivo de conseguir um excedente orçamental e uma dívida pública abaixo dos 100% do PIB levaram o Governo socialista a tomar um conjunto de decisões que a UTAO chegou a apelidar de "artificial", em grande medida, pelo “facto de entidades em todos os subsectores públicos serem investidores em parcelas significativas de dívida pública portuguesa”.
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