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Estado Islâmico anuncia decapitação de refém britânico

Alan Henning é a quarta vítima

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) anunciou esta sexta-feira decapitação do trabalhador humanitário britânico Alan Henning, num vídeo divulgado em que, aparentemente, o refém é executado.

Atualizada às 00h43

No vídeo, quase idêntico aos três anteriores, em que também foram decapitadas três pessoas, um membro do Estado Islâmico surge mascarado ao lado de um outro refém que identifica como um norte-americano de nome Peter Kassig.

O grupo extremista justifica a execução com a necessidade de represálias contra os ataques aéreos no Iraque.

Anteriormente, o Estado Islâmico tinha decapitado os jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff e o britânico David Haines, que trabalhava na ajuda humanitária.

Henning, de 47 anos, apelidado de 'Gadget', integrava um comboio de ajuda humanitária Aid4Syria, para o qual se tinha voluntariado como condutor, quando foi raptado a 26 de dezembro, pouco depois de ter cruzado a fronteira entre a Turquia e a Síria.

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No início desta semana, a sua mulher, Barbara Henning, tinha pedido ao Estado Islâmico que o libertassem. Também os principais líderes muçulmanos do Reino Unido pediram a liberdade de Alan Henning.

No vídeo, intitulado «Uma nova mensagem para a América e os seus aliados», Alan Henning surge vestido com a mesma roupa laranja que as três vítimas anteriores, muito semelhante aos uniformes dos prisioneiros de Guantanamo, pronunciado uma frase curta.

O carrasco, cuja voz parece ter sido alterada eletronicamente, parece ter um sotaque britânico e há quem aponte tratar-se do mesmo executor de David Haines, em meados de setembro.

No final do vídeo, que dura 1:11 minutos, o Estado Islâmico apresenta outro refém.

Henning é o quarto refém ocidental executado por decapitação pelo grupo extremista na Síria, depois de James Foley, cujo vídeo foi transmitido em 19 de agosto, de Steven Sotloff (02 de setembro) e do trabalhador humanitário David Haines (13 setembro).

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Entretanto, a Casa Branca classificou o vídeo da decapitação como «uma nova prova da brutalidade do Estado Islâmico».

Este «é um novo exemplo claro da brutalidade do grupo e a razão pela qual o presidente implementou uma estratégia para enfraquecer e destruir o EI», declarou Lisa Monaco, conselheira de Barack Obama para as questões do terrorismo, acrescentado que estavam a decorrer verificações para confirmar a autenticidade do vídeo.

Por sua vez, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que «o brutal assassínio de Alan Henning« pelo grupo extremista «mostra como estes terroristas são bárbaros e repulsivos».

«Faremos tudo o que pudermos para capturar estes assassinos e trazê-los à justiça», asssegurou.

Cameron disse que o facto de Henning ter sido raptado e morto enquanto tentava ajudar outros «demonstra que não há limites para a depravação destes terroristas» do Estado Islâmico.

Alan Henning tinha-se voluntariado para ajudar as vítimas da guerra civil na Síria.

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David Cameron disse ainda que os seus «pensamentos e orações» estão com a sua mulher, Barbara, filhos e amigos.

Também o presidente norte-americano, Barack Obama, condenou o assassínio «brutal» do refém britânico e disse que os Estados Unidos vão levar os responsáveis à justiça. 

«Apoiados por uma vasta coligação de aliados e parceiros, vamos continuar com ações decisivas para enfraquecer e finalmente destruir o Estado Islâmico», afirmou, num comunicado, referindo-se ao grupo jihadista.
Já o presidente francês, François Hollande, manifestou-se «indignado» com o «crime odioso».

«O crime, como os anteriores, não passará impune», advertiu o governante francês num comunicado publicado pelo Eliseu na noite de sexta-feira para sábado.

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