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Escolas com diagnóstico «grave»

Degradação dos equipamentos, poucas creches, falta de auxiliares, escolas sobrelotadas em zonas problemáticas e alunos que não têm onde brincar. É a análise dos professores de Lisboa enviada aos candidatos às eleições

Grande degradação das escolas do primeiro ciclo, insuficiência de creches e jardins-de-infância, falta de auxiliares de educação e «desresponsabilização do município» são alguns dos «graves» problemas na capital apontados pelo Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL).

Segundo um «diagnóstico» feito pelo SPGL e enviado aos 12 candidatos às eleições intercalares para a autarquia de Lisboa, a que a Lusa teve acesso, outros dos problemas que afectam Lisboa são escolas/jardins-de-infância com poucos alunos, devido ao envelhecimento da população ou à impossibilidade de casais jovens habitarem em certos pontos da cidade devido ao elevado custo das habitações.

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Equipamentos sobrelotados

«Escolas sobrelotadas por se situarem em bairros sociais, alguns de realojamento, convivendo por vezes com uma comunidade problemática, muitas vezes com focos de violência, toxicodependência e prostituição», «escolas do primeiro ciclo do ensino básico a funcionarem em prédios de habitação, muito degradadas e sem os espaços necessários para o tipo de ensino que hoje se exige» são outros dos problemas mencionados no documento do SPGL.

Encerramento de escolas em zonas históricas

O encerramento de escolas em zonas históricas da cidade e a consequente transferência dos alunos que a frequentavam e o encerramento de cursos nocturnos de adultos, uma «medida contraditória com a grande entrada de população imigrante e com o elevado insucesso escolar» são outros dos problemas mencionados no documento do sindicato.

Defendendo que os estabelecimento de ensino público devem ter espaços e equipamentos que «proporcionem uma prática docente diversificada, propiciadora de experiências e motivadora de aprendizagens» que não se reduza à aquisição de saberes e conhecimentos mas também de «valores e atitudes», o SPGL enumera doze «necessidades» das escolas.

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São elas: «espaços gimno-desportivos, adequados, que além de permitirem o desenvolvimento da motricidade» permitam experimentar actividades libertadoras da «ansiedade, frustração e stress»; laboratórios, oficinas e instalações específicas com equipamentos adequados às matérias que são leccionadas nas disciplinas experimentais (Ciências Naturais, Biologia, Química e Física).

Preconizam ainda a necessidade de «refeitórios e bares, cujo funcionamento assente em critérios de qualidade, variedade e bom estado de conservação dos alimentos» ao contrário da actual opção de «catering» que consideram não «garantir» a «refeição saudável que seria desejável».

Casas de banho com condições de salubridade e higiene fundamentais a hábitos saudáveis de vida, espaços de recreio, interiores ou exteriores, que funcionem como salas de convívio e espaços de lazer, centros de recursos educativos, salas de computadores, gabinetes de trabalho para os professores, bibliotecas, climatização, alargamento da rede de creches e jardins-de-infância como resposta complementar à família e construção de novas escolas são outras das necessidades que o SPGL defende para Lisboa.

Ao nível das condições de segurança nos estabelecimentos de ensino, o SPGL preconiza a necessidade de adequar a arquitectura dos estabelecimentos de ensino ao fim a que se destinam, de arranjos nos espaços e salas sem condições e o respeito pela lotação das escolas.

Animadores culturais, sociais ou outros, realização de actividades com entidades exteriores à escola e planos de emergência são também necessidades mencionadas no documento do SPGL.

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