Os estudantes do Ensino Secundário que esta quinta-feira se manifestaram no Porto recusaram a disponibildade da directora Regional de Educação do Norte para uma reunião por considerarem que a mesma não iria surtir resultados, noticia a Lusa.
«A situação nas escolas mantém-se igual ou até pior. A última reunião com a directora regional de Educação do Norte [no final da manifestação de 2006] não surtiu qualquer efeito», justificou Ricardo Marques, da Associação de estudantes da Escola Secundária Aurélia de Sousa.
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O protesto reuniu, segundo estimativas da PSP, cerca de 500 alunos de escolas secundárias do Grande Porto, que, após a concentração, desfilaram até a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), sempre acompanhados por um forte dispositivo policial.
À chegada à Rua António Carneiro, sede da DREN, os estudantes foram avisados pela PSP para que não proferissem insultos junto à instituição, caso contrário não poderiam avançar, mantendo-se a uma considerável distância.
O «conselho» foi transmitido por megafone aos manifestantes que, pacificamente, aceitaram «esquecer» os palavrões habituais nestes protestos estudantis para dar lugar a palavras de ordem mais «educadas».
«Somos muitos, muitos mil para continuar Abril», «Sem ela nada feito, Educação é um direito» e «Educação sexual é essencial» foram alguns dos slogans gritados pelos estudantes frente à DREN.
Em declarações aos jornalistas, Ricardo Marques explicou que os motivos da manifestação são os mesmos dos últimos anos, ou seja, o fim dos exames nacionais, implementação da educação sexual nas escolas, fim das aulas de substituição, redução do número de alunos por turma, redução dos programas escolares, melhoria das condições materiais e humanas na escola e fim das barreiras no acesso ao Ensino Superior.
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Estas e outras reivindicações constavam da carta entregue na DREN, mas a expectativa dos organizadores do protesto era de que o documento não iria chegar ao destino pretendido, à ministra da Educação.
Por esse motivo, garantiu o dirigente estudantil, os alunos «não vão parar em defesa de um ensino de qualidade».
«Só quem está na escola percebe o tamanho do descontentamento dos estudantes e é por isso que estamos aqui, para demonstrar esse descontentamento ao Governo», acrescentou.
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