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Portos: Ministro da Economia aberto ao «diálogo»

Álvaro Santos Pereira diz que intenção do Governo é tornar os «portos mais competitivos»

O ministro da Economia disse esta quarta-feira no parlamento que o Governo quer «continuar e manter a janela do diálogo» com os sindicatos ligados ao setor portuário.

Àlvaro Santos Pereira, que está a ser ouvido na Assembleia da República no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2013, afirmou que pretendia «manter os canais de diálogo», por este ser um setor fundamental para as exportações.

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O ministro acrescentou que a intenção do Governo é tornar os «portos mais competitivos» e «ultrapassar a situação que está a prejudicar a economia nacional».

Sérgio Silva Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, também presente no parlamento, acusou os sindicatos portuários de «publicamente apelarem ao diálogo e depois fazerem pré-avisos de greve constantes».

O secretário de Estado adiantou que ficou «completamente claro qual é a estratégia que existe de uns, que publicamente apelam ao diálogo e que depois fazem pré-aviso de greve constantes, e que outros procuram sim perceber que o quadro económico é um quadro de mudança e de evolução».

Os estivadores apresentaram um novo pré-aviso de greve que estenderá as paralisações nos portos portugueses até dia 27 de novembro, confirmou hoje à agência Lusa fonte sindical.

As paralisações irão afetar os portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, disse o presidente do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, Vítor Dias.

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A notícia de que os estivadores vão prolongar as greves até ao final do mês foi hoje avançada pelo Diário Económico.

Os novos pré-avisos de greve entregues referem-se ao período entre os dias 21 e 27 de novembro, estando já marcada uma paralisação de 24 horas para o último dia deste período.

Até lá, entre domingo e terça-feira praticamente todos os portos portugueses (à exceção de Leixões e Sines) irão estar paralisados.

No dia 14, os trabalhadores dos portos irão associar-se à greve geral convocada pela CGTP.

Esta onda de greves (iniciada a 17 de setembro) foi motivada pelo facto do Governo ter aprovado a 13 de setembro uma proposta de lei relativa ao regime do trabalho portuário, uma semana depois de ter chegado a acordo com alguns sindicatos, afetos à UGT, e operadores portuários, com o objetivo de aumentar a competitividade dos portos nacionais.

Esse acordo vai permitir descer a fatura portuária entre 25 a 30%, de acordo com o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mas os sindicatos dos trabalhadores portuários entendem que, com esta revisão da legislação, ficam em causa os postos de trabalho.

A 26 de outubro, após várias rondas de negociações, os representantes dos trabalhadores dos portos de Lisboa, Setúbal, Figueira da Foz e Aveiro e dos operadores chegaram a acordo quanto aos serviços mínimos alargados para as greves parciais anunciadas até 07 de novembro.

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