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Bombardier: ilegalidade trava avanço

Governo comprou parcela de terreno que é necessária para reactivação da produção

Trabalhadores da antiga fábrica da Bombardier da Amadora foram esta segunda-feira informados de que a reactivação da produção ferroviária naquele espaço está dependente da legalização da parcela adquirida pelo governo, disse à Lusa fonte do Sindicato dos Metalúrgicos.

O espaço onde funcionou até 2004 a antiga fábrica de material circulante da multinacional canadiana Bombardier, na Venda Nova, foi dividido em duas parcelas, uma das quais foi comprada pela Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), participada da Comboios de Portugal (CP).

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No terreno, os mais de 20 ex-trabalhadores ainda não reintegrados esperam há meses que nasça um novo espaço de produção que lhes dê ocupação, já que os seus subsídios de desemprego cessam este mês, mas, segundo terá sido hoje comunicado aos representantes do Sindicato dos Metalúrgicos pelo director da CP, Francisco Cardoso Reis, a EMEF está impossibilitada de se transferir para o local.

«Parece que há um problema de ilegalidade por resolver na zona que foi comprada pelo Governo, mas nem a Bombardier faz nada para legalizar, nem o governo a obriga a fazê-lo, o que impede que se faça a escritura e que a EMEF se instale lá em breve, como afirma querer», explicou à Lusa o sindicalista António Tremoço.

«Vamos culpar e responsabilizar o Governo, que fez uma compra e nos garantiu que estaria tudo a funcionar rapidamente, mas agora não se sabe o que vai acontecer. Afinal, não se passa das promessas», lamentou, afirmando já só acreditar em «milagres».

Ainda assim, António Tremoço garantiu que os trabalhadores não vão baixar os braços e estão prontos para «correr mais umas portas», inclusive a da Câmara da Amadora, onde esperam conseguir uma reunião ainda esta semana.

«Vamos enviar um ofício para a Secretaria de Estado [dos Transportes] e vamos falar com a Câmara, que tem de obrigar a Bombardier a legalizar, tal como o Governo. Já estamos habituados ao silêncio, mas não é por isso que nos vamos calar», referiu o responsável.

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