Mais de 300 pessoas já subscreveram uma petição que o «Movimento Urânio em Nisa, Não» (MUNN) lançou na Internet para protestar contra a eventual exploração de urânio na região, disse um responsável do movimento, citada pela Lusa.
Paulo Bagulho, do MUNN, explicou que a eventual exploração de urânio em Nisa, região que possui o maior jazigo inexplorado alguma vez descoberto em Portugal, «está a deixar os cidadãos preocupados».
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«Queremos reunir um grande número de assinaturas para enviar à Assembleia da Republica e ao Presidente da Republica para mostrar a nossa indignação e preocupação sobre uma eventual exploração deste minério em Nisa», afirmou.
O responsável do MUNN sustentou que «a petição tem como objectivo promover uma profunda reflexão antes de qualquer decisão que possa hipotecar o futuro promissor deste concelho».
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A possibilidade de o governo lançar um concurso para a exploração daquele minério em Nisa leva os responsáveis do movimento, que junta várias associações locais, a prometer acções de protesto.
«Se isso acontecer, vamos reagir com várias formas de luta», disse.
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O concelho alentejano de Nisa, no distrito de Portalegre, possui no seu jazigo inexplorado de urânio um potencial que ronda os 6,3 milhões de toneladas de minério não sujeito a tratamento, 650 mil quilos de óxido de urânio e 760 mil toneladas de minério seco.
«Em Nisa, tem é que existir uma aposta nos produtos certificados, na qualidade ambiental, no termalismo e nos restantes eixos potenciais de desenvolvimento, não na exploração de urânio», alegou Paulo Bagulho.
A associação ambientalista Quercus também se opõe à eventual exploração de urânio em Nisa, alertando para os «grandes impactos» que tal poderá causar em termos ambientais e da saúde da população.
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