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São Pedro da Cova: ministério assegura novas análises a resíduos

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Governo diz que «serão desencadeadas todas as acções» para salvaguarda do ambiente

O ministério do Ambiente afirmou esta terça-feira que estão a decorrer análises aos inertes depositados numa mina de são Pedro da Cova, em Gondomar, sustentando que, se forem considerados perigosos, «serão desencadeadas todas as acções» para salvaguarda do ambiente, noticia a Lusa.

«O Ministério do Ambiente já tem a decorrer o processo para novas análises, para reconfirmação do carácter inerte, tendo sido já desencadeada a primeira fase dos trabalhos através do LNEC que irá analisar os resíduos ali existentes», assegurou, numa nota enviada à agência Lusa, o ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAOT).

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«Após este trabalho, e caso haja resíduos perigosos, serão desencadeados todas as acções necessárias para salvaguarda da boa qualidade ambiental», acrescentou.

O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo acusou esta segunda-feira o Governo de nada fazer para retirar 320 toneladas de resíduos considerados altamente perigosos, depositados há dez anos numa mina de São Pedro da Cova, provenientes da antiga Siderurgia Nacional da Maia.

O deputado acusou também o secretário de Estado do Ambiente de invocar e ostentar «análises falsas» e criticou o governo, lembrando que o executivo já tinha assegurado que diligenciaria que a saúde pública não fosse posta em causa nesta zona.

Em reacção, o MAOT «recorda e lamenta que no Governo PSD/CDS requerimentos da Assembleia da República sobre este tema ficaram por responder».

O Governo salienta ainda que «foram feitas análises no final de 2000 nos terrenos da siderurgia e novas análises foram realizadas no final de 2002 em São Pedro da Cova», cujas amostras foram recolhidas pelo Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Os depósitos, ocorridos entre Maio de 2001 e Março de 2002, eram oficialmente de 97 mil toneladas de resíduos inertes, sem perigo para a saúde pública, mas de facto foram transferidas cerca de 320 mil toneladas de resíduos com altos teores de chumbo, cádmio, crómio, arsénio e zinco, que foram classificados como perigosos por análises independentes pedidas pela própria Siderurgia.

Nas imediações dos resíduos, localizados junto às piscinas e ao estádio de futebol da freguesia, passam cursos de água, como o rio Ferreira e a ribeira da Parada.

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