Já fez LIKE no TVI Notícias?

Premier League atenuou a crise dos big-5 no mercado de verão

Relacionados

Este mercado de verão foi melhor do que o de 2020 nas cinco principais ligas europeias, mas o ano foi o pior desde 2016. Quebra relativamente ao último ano pré-pandemia foi de 58 por cento. Espanha é quem mais preocupa

Os cinco principais campeonatos da Europa (Liga inglesa, Liga espanhola, Liga italiana, Liga alemã e Liga francesa) totalizaram 3.526 milhões de euros contratações de jogadores no último período de transferências.

O relatório mensal do CIES (Observatório do Futebol) permite retirar algumas conclusões interessantes sobre o funcionamento do mercado nestes países e a que salta mais à vista é que a crise financeira causada pela pandemia ainda não ficou para trás.

PUB

O verão de 2021 foi ligeiramente melhor do que o de 2020 (3.461 milhões de euros), mas continuou muito aquém do volume de negócio de 2019 (€5.830M), 2018 (€4.768M) e 2017 (€5.287M).

Comparativamente com o verão de 2019 – o último mercado entre temporadas na Europa antes do eclodir da pandemia que paralisou o futebol durante mais de três meses a partir de março de 2020 – registou-se ainda, neste período de transferências, uma quebra de 40 por cento.

Todos em quebra, Espanha na cauda

O estudo do CIES isola também os desempenhos dos principais campeonatos. E é possível constatar que nunca o mercado inglês teve tanto peso nos negócios dos Big-5: em 2021 (inverno e verão) os emblemas da Premier League representaram 42,9 por cento do dinheiro investido em aquisições (em definitivo ou por empréstimo) de jogadores.

Seguiram-se a Serie A (€781M), a Ligue 1 (€521M), a Bundesliga (€496M) e, por fim, a Liga espanhola, que se ficou pelos 392 milhões de euros em gastos em contratações: apenas 10,2 por cento do bolo.

PUB

Este último dado permite retirar uma conclusão óbvia: o mercado espanhol está em clara crise e ainda não houve, neste verão, sinais de retoma numa Liga que no ano civil de 2019 destinou 1.529 milhões de euros para o reforço de plantéis.

Não se pode, no entanto, dizer, que na Alemanha, em Itália ou em França haja saúde financeira, já que em todos estes países registou-se uma contração face ao ano anterior.

E nem mesmo em Inglaterra, onde voltaram a fazer-se negócios por valores pré-pandémicos: Jack Grealish para o Manchester City por 117,5 milhões de euros, Romelu Lukaku (Chelsea, €115M) e Jadon Sancho, por quem o Manchester United pagou 85 milhões de euros ao Borussia Dortmund. É preciso recuar a 2016 (com 1.773 milhões de euros) para encontrar um ano civil no qual as equipas da Premier League gastaram menos do que agora: 1.645 milhões de euros.

Recorde-se que 2021 foi o primeiro ano que apanhou os mercados de inverno e de verão durante a pandemia. Em 2019/20, a contração teve reflexos no final e não a meio da temporada. Contas feitas, do último ano pré-covid (2019) e o primeiro integralmente passado após o eclodir da pandemia (2021) registou-se uma quebra de 58 por cento com impactos entre os 13 por cento (Premier League) e os 74 por cento (no caso da Liga espanhola).

PUB

Ingleses e pouco mais…

Pelo que já lhe trouxemos neste artigo e também noutros trabalhos nos últimos dias, não ficará, por isso, espantado se lhe dissermos que as equipas da Liga inglesa estão em peso no top dos clubes que mais contribuíram para fazer mexer a máquina dos Big-5 em plena pandemia. Nos três mercados realizados (verão de 2020 e 2021 e inverno de 2021), o Chelsea lidera com 403 milhões de euros. Juventus (Itália), Leipzig (Alemanha) e PSG (França) são os únicos «penetras» do top-10.

São sete equipas inglesas (veja o top-10 na galeria associada ao artigo) em três janelas de mercado de enormes dificuldades para todos, é certo, mas mais perturbadoras para uns do que para outros.

PUB

Relacionados

Últimas