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Língua azul: entre 55 e cem euros por animal

«Vamos pagar um valor que representa 90 por cento do preço de mercado»

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, anunciou hoje que os apoios do Governo aos produtores pecuários afectados pela doença da Língua Azul vão variar «entre os 55 e os cem euros» por cada animal morto, noticia a Lusa.

«Vamos pagar um valor que representa 90 por cento do preço de mercado por animal morto, o que varia entre os 55 e os cem euros», disse o ministro aos jornalistas durante uma deslocação ao Alentejo.

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Estes apoios para indemnizar os produtores pela mortalidade causada pelo serótipo 1 da Língua Azul, segundo Jaime Silva, destinam-se às explorações em que «os animais estão identificados, que foram já objecto das medidas de 2004 relativamente ao serótipo 4» da doença.

Explicando que o preço de mercado dos ovinos é calculado todas as semanas, Jaime Silva exemplificou que, tendo em conta os valores que vigoram hoje, «uma ovelha de carne receberia 59 euros, uma de leite 70 euros e, se fosse um carneiro, poderia receber cem euros».

«Esta escala de valores, que vai ser actualizada todas as semanas, constituirá a indemnização e a ajuda que o Governo dá aos agricultores», sublinhou. Neste momento, um total de 899 ovelhas já morreram, no Alentejo e Algarve, devido ao serótipo 1 da Língua Azul, encontrando-se 150 explorações sob suspeita, nas quais existe um efectivo de mais de 20 mil ovinos.

«A crise já está em metade do Algarve e, no que respeita ao Alentejo, está em toda a margem esquerda do Guadiana. Dizem-me que poderá ter passado já para a margem direita, para Reguengos de Monsaraz, onde há uma exploração com sintomas, mas não está nada confirmado», precisou.

Quanto à vacina que está a ser testada em Espanha, para o serótipo 1 da doença, o ministro garantiu que será disponibilizada a Portugal a 05 de Novembro. «Os testes estão a ser feitos em Espanha. Teremos a vacina a partir do dia 05 de Novembro e, a partir daí, ficaremos com a situação controlada. Mas, até lá, é natural que aumente, embora não estejamos numa situação de gravidade porque a taxa de mortalidade ronda os três por cento», afirmou.

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