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Apoio para filhos de assassinos

Maria matou o companheiro e suicidou-se de seguida. Deixou um filho menor, ao cuidado dos avós. APAV ajudou-os a superar os traumas do crime, a fazer o luto do suicídio e a recomeçar a vida. Leia a história dos que sobrevivem

A APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) está a estudar os casos de homicídio com suicídio, e a preparar investigação sobre a matéria. Depois da violência doméstica, sexual, contra idosos e crianças, a associação debruça-se também sobre o homicídio com suicídio, preparando manuais de procedimentos sobre este tipo de casos.

A APAV dá apoio às vítimas das tentativas de homicídio, mas também àqueles que sofrem com este tipo de crime, como é o caso dos filhos, amigos e familiares. Maria (nome fictício), de 45 anos, mãe solteira, matou o companheiro. Sem qualquer historial de violência doméstica, Maria assassinou o namorado e suicidou-se de seguida. De forma brutal e traumatizante para quem fica.

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Segundo o técnico da associação, que relatou esta situação ao PortugalDiário, do crime ficou uma vítima, de 10 anos, filho de Maria. O rapaz já vivia com os avós, e era preciso ajudar esta família nuclear, em todos os sentidos.

Foi através da escola que o caso chegou à APAV. «A história soube-se no meio em que o menino vivia, e foi preciso ajudá-lo no processo de luto, que envolve sentimentos de culpa, raiva e vingança», explicou o técnico ao PortugalDiário, mas também apoiar a família nuclear, os avós, que recebiam da mãe da criança uma mensalidade para cuidar dele. E mais: «acompanhar estes pais que perderam a filha. São sentimentos contraditórios, uma vez que ela matou e depois suicidou-se».

O processo de apoio da associação funciona em cooperação com outras instituições, sejam públicas ou privadas, e seguiu os trâmites necessários para também ajudar a família a receber um subsídio para tratar da criança que é menor.

Mas a ajuda não se fica por aí: «É preciso explicar o que é o processo de luto, que nas crianças é muito próprio, e ainda alagar este apoio aos outros familiares e amigos que viveram momentos muito difíceis».

Leia a seguir mais histórias que chegam à APAV com pedidos de socorro: desde roubos a descriminação étnica, o crime faz vítimas que precisam de apoio.

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