Carolina Salgado não foi constituída arguida no processo relacionado com as agressões ao ex-vereador socialista de Gondomar, Ricardo Bexiga, e será ouvida nos próximos dias, podendo as suas declarações reabrir alguns processos extraídos do «Apito Dourado», e entretanto arquivados, confirmou ao PortugalDiário, fonte judicial.
A mesma fonte acrescentou que «os novos elementos de prova» ainda estão a ser avaliados e poderão conduzir à reabertura dos inquéritos, arquivados por falta de prova, já que «nenhum deles está prescrito».
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A ex-companheira de Pinto da Costa não goza, no entanto, do estatuto de arrependida porque apenas aparece implicada como co-autora nas agressões a Bexiga (em virtude das declarações do socialista no âmbito do Apito Dourado) e não nos crimes desportivos.
O estatuto de arrependido está apenas previstos para crimes como «terrorismo, associação criminosa e corrupção» e não para situações de agressão, explicou ao PortugalDiário o penalista Carlos Pinto de Abreu, acrescentando que nestas situações, o arguido que auxilia a justiça na descoberta da verdade pode beneficiar de uma atenuação especial da pena, mas nunca de uma dispensa de pena ou de outras regalias associadas à colaboração no âmbito da grande criminalidade.
No livro «Eu, Carolina», a ex-companheira do presidente do Futebol Clube do Porto refere a visita de árbitros a casa de Pinto da Costa, nomeadamente de Augusto Duarte. Recorde-se que o Ministério Público arquivou o processo relativo ao jogo Beira Mar/Futebol Clube do Porto já que não encontrou provas de que Pinto da Costa tivesse intercedido junto do árbitro.
De acordo com o «Correio da Manhã», Carolina Salgado terá solicitado o estatuto de arrependida para colaborar com a justiça no âmbito dos crimes relacionados com o desporto.
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