O presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, considera «infundada» a acusação pelo crime de corrupção desportiva activa no processo relativo ao jogo Nacional/Benfica e já anunciou que vai requerer a abertura da instrução. A notificação do terceiro despacho de acusação foi recebida esta sexta-feira.
Numa nota enviada aos jornalistas, assinada pelo advogado Gil Moreira dos Santos, o presidente dos azuis e brancos contesta o facto de a acusação se basear «tão só em conversas telefónicas de terceiros» nas quais o seu nome «é abusivamente referenciado».
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«A vencer nos tribunais a tese da valorização de conversas de terceiros que a outrem se referem, qualquer pessoa com alguma notoriedade, que seja mencionada no decurso das mesmas, pode ver-se na mesma situação em que está o nosso constituinte».
A acusação de uma pessoa «porque alguém se lembrou de mencionar o seu nome» representa, segundo o causídico, «uma grave violação dos princípios do Estado de Direito».
O comunicado refere ainda que Pinto da Costa «não praticou quaisquer actos nem teve qualquer intervenção naquelas conversas, sendo completamente alheio às mesmas».
Além disso, destaca o facto de neste caso a acusação não se fundar nos depoimentos da «autora de um best-seller» [Carolina Salgado] «que tem vindo a ser um denominador comum nos outros processos».
Pinto da Costa recebeu esta sexta-feira a terceira acusação no âmbito do processo Apito Dourado. Depois de na passada semana ter sido acusado de corrupção desportiva activa no jogo FCP/Estrela da Amadora, o presidente portista foi notificado ontem da acusação pelo mesmo crime em relação ao jogo Beira-Mar/FCP.
O presidente do FCP aguarda ainda a despacho final em relação ao processo das alegadas agressões ao antigo vereador de Gondomar, Ricardo Bexiga, bem como em relação ao processo da alegada viciação das classificações dos árbitros.
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