Uma equipa de cientistas espanhóis descobriu na Síria vestígios de uma cidade cuja antiguidade se estima em 5.500 anos, o que faz dela uma das mais antigas da história.
Dados da descoberta foram esta quarta-feira comunicados aos jornalistas por dois responsáveis da investigação, Ignacio Márquez, do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), e Juan Luis Moreno, da Universidade da Corunha.
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Na opinião de Moreno, a descoberta tem uma transcendência científica «do mais alto nível», pelas suas repercussões no conhecimento da história e pelas múltiplas linhas de investigação que abre para o futuro.
A cidade foi descoberta num acampamento arqueológico hispano-sirio na zona de Tall Humeada, no sul da Mesopotâmia, a cerca de 150 quilómetros da actual fronteira sul do Iraque, na margem esquerda do Eufrates, uma zona anteriormente considerada estratégica.
O projecto nasceu em 2005, tendo em meados do ano passado sido encontrada, numa zona do terreno, «grande quantidade de restos de cerâmica» que datariam do mesmo período da cultura Uruk.
A cidade iraquiana de Uruk é, aliás, uma das mais antigas que se conhecem. Floresceu entre 3.500 e 3.100 AC, e caracterizava-se pela sua elevada produção de cerâmica.
Na mesma cidade foram encontrados restos da escrita mais antiga, pensando-se que ela teria várias «colónias», entre as quais a de Tall Humeada, com templos, palácios e outros monumentos.
O início das escavações para comprovar estas hipóteses está previsto para 2008.
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