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Ourivesaria: roubos e furtos aumentaram

Armas de fogo são os meios de coação mais utilizados

Os roubos e furtos no sector da ourivesaria aumentaram nos últimos quatro anos, segundo os dados apresentados este sábado pela PSP, que registou até Setembro 60 ocorrências, contra as 47 ocorridas em 2005, noticia a agência Lusa.

De acordo com o Coordenador Nacional de Investigação Criminal do Departamento de Informações Policiais da PSP, Pedro Marques, as armas de fogo são os meios de coação mais frequentes utilizados durante os roubos e as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto são o local de maior concentração de ocorrências.

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O comissário falou ainda de uma preponderância dos roubos no período das 0 7:00 às 13:00 e referiu não se verificarem tendências quanto aos dias da semana, exceptuando a menor incidência durante o fim-de-semana.

De acordo com Pedro Marques, que falava em Gondomar num seminário sobre «Boas Práticas de Segurança nas Actividades de Ourivesaria» - para analisar a criminalidade no sector da ourivesaria, em especial ao nível dos comerciantes - é necessário distinguir furto de roubo, este normalmente associado com uma componente de violência.

«Há uma tendência de crescimento em ambos os crimes, mas mais acentuado nos roubos», referiu Pedro Marques.

Sustentou, contudo, que isto poderá ter a ver com o facto dos comerciantes optarem por não comunicar às autoridades pequenos furtos no interior dos seus estabelecimentos.

Como são feitos os roubos

Em traços genéricos, explicou Pedro Marques, o roubo nas ourivesarias é feito por um grupo de dois ou três indivíduos (um deles normalmente aguarda numa viatura no exterior), que aborda os funcionários dos estabelecimentos, obrigando-os a colaborar.

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Muitas vezes, referiu, as vitimas (funcionários ou clientes) são fechados num compartimento do tipo casa de banho, armazém ou cofre.

Os assaltantes retiram em seguida o material dos expositores e encetam a fuga, «tudo isto em escassos minutos», acrescentou o comissário.

Pedro Marques alertou ainda que, por norma, um roubo deste género é sempre precedido de um reconhecimento do local em dias anteriores.

Furtos: um distrai, outro mete ao bolso

Quanto aos furtos, o responsável da PSP disse existirem dois tipos: aquele que são feitos durante a noite e que implicam o arrombamento das portas da ourivesaria e os que são feitos à luz do dia, sem que o funcionário se aperceba.

Estes, afirmou, são também realizados em grupo de duas ou três pessoas, que entram na loja separadamente e, enquanto uma delas distrai o funcionário para um artigo especifico, a outra ou as outras retiram os artigos dos expositores e colocam-nos em bolsos falsos no vestuário ou nas carteiras (no caso de senhoras).

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Durante a sessão, que contou com a presença do secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, José Magalhães, foi apresentado aos ourives presente s um manual de boas práticas, com «dicas» e conselhos para os comerciantes. Segundo Paulo Machado, do Gabinete Coordenador de Segurança, este manual insere-se no âmbito do Programa Comércio Seguro, do Ministério da Administração Interna e foi realizado em colaboração com a Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte (AIORN).

Dicas para evitar roubos e furtos

O documento alerta, por exemplo, para o facto de os principais momentos críticos e de risco ocorrerem durante o trajecto entre a residência e o local de trabalho, a abertura da loja, a preparação e o arranjo das vitrinas, a venda, o encerramento da loja, a guarda das chaves ou o acesso e permanência no estabelecimento do pessoal de limpeza e manutenção.

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