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«Não vejo sinais de a crise política terminar», diz Jardim

Líder do PSD/Madeira apoia posição de Manuela ferreira Leite sobre a situação do país

O presidente do Governo Regional da Madeira disse esta quinta-feira apoiar a posição da ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite sobre a situação do país. Alberto João Jardim acrescentou que não há «sinais de a crise política terminar».

«Eu subscrevo as posições da dr.ª Manuela Ferreira Leite», disse Alberto João Jardim aos jornalistas, no Funchal, à margem de uma conferência sobre «Cooperação civil-militar na ajuda de emergência».

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A também ex-ministra das Finanças defendeu na quarta-feira que a subida da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social, de 11 para 18%, vai «aumentar dramaticamente» o desemprego, apelando ao «bom senso e prudência» do Governo.

Em declarações à TVI 24, Manuela Ferreira Leite disse que a medida «perniciosa» da subida da Taxa Social Única aplicada aos trabalhadores vai «aumentar dramaticamente o desemprego», já que os trabalhadores «vão financiar empresas que podem falir».

Apelando ao «bom senso» e à «prudência», a ex-presidente do PSD sustentou que, a continuar a austeridade sobre austeridade, Portugal vai «cair no fundo».

Instado a antecipar se iria dar alguma indicação de voto aos deputados sociais-democratas na Assembleia da República eleitos pela Madeira na votação do próximo Orçamento do Estado, o presidente do PSD/Madeira garantiu que os parlamentares «sempre votaram em consciência».

Quando questionado sobre um eventual cenário de queda do Governo, de coligação PSD/CDS-PP, Jardim respondeu: «É uma decisão da Assembleia da República ou do Presidente da República».

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À pergunta sobre se considera que a coligação tem dado sinais de fraqueza, Jardim respondeu: «Talvez por isso é que eu nunca fiz nenhuma coligação com o CDS».

O chefe do executivo insular considera que o país está «à beira de uma crise política já há muito tempo, desde que entrou em vigor esta Constituição da República, que demonstrou não ter condições para desenvolver o país».

«Portanto, a crise política perdura há tanto tempo e a culpa não é minha, porque sempre fui oposição a este regime. Agora vejam de quem é a culpa».

O governante acrescentou: «Não vejo sinais de a crise política terminar, porque não se vai à essência das coisas e está a tentar-se manter um programa de sacrifício para recuperar o país quando o país, com esta Constituição, não tem condições para recuperar».

«Continuamos a fazer o papel de mártires do Cristianismo, toda a gente a querer morrer pelo país e por esta Constituição. Eu não quero morrer pelo país ou por esta Constituição», disse, sustentando: «Sozinho não posso mudar a Constituição, mas há várias maneiras de mudar».

Jardim sublinhou que «há a via constitucional e a via não prevista na Constituição», mas não especificou a afirmação quando os jornalistas o questionaram sobre se esta segunda via pressupunha uma revolução.

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