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Lisboa e Governo trabalham frente ribeirinha

Autarquia contra construção de terminal de cruzeiros em Santa Apolónia

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, afirmou quarta-feira que têm decorrido «reuniões de trabalho» com o Governo para a reabilitação da frente ribeirinha sem que tenha saído desses encontros «matéria suficientemente madura».

Segundo a Lusa, o autarca foi instado a comunicar aos vereadores o conteúdo desses contactos pela vereadora do movimento Cidadãos por Lisboa Helena Roseta, que pediu igualmente a realização de uma reunião extraordinária exclusivamente para discutir a reabilitação da frente ribeirinha e a relação entre a Câmara e a Administração do Porto de Lisboa.

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O presidente da Câmara referiu que quando tomou posse, a 1 de Agosto, desconhecia as negociações que o anterior executivo municipal manteve com o Ministério do Ambiente para a reabilitação da frente ribeirinha.

António Costa afirmou ter encontrado correspondência entre as duas entidades dando conta da intenção de se constituírem três sociedades para a reabilitação de outras tantas áreas da frente Tejo: uma no âmbito da Baixa Chiado com vista à recuperação do troço entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia, outra para a zona de Belém e outra para a zona de Pedrouços.

O ex-presidente e actual vereador independente Carmona Rodrigues confirmou os contactos mantidos entre a autarquia e o Governo para a constituição dessas três sociedades e admitiu que foi referido «como nome de um possível coordenador o doutor José Miguel Júdice».

António Costa afirmou verificar com «satisfação» que «apesar da enorme polémica das duas últimas semanas de campanha, efectivamente, o tema não era do desconhecimento da Câmara e o nome do doutor José Miguel Júdice tinha sido suscitado pelo Governo» antes de o advogado ter sido seu mandatário para as eleições intercalares.

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A Câmara de Lisboa aprovou ainda uma moção contra a construção do terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, uma obra da Administração do Porto de Lisboa, entidade tutelada pelo Ministério das Obras Públicas.

A moção sobre o terminal de cruzeiros visa «contestar junto do Governo e da Administração do Porto de Lisboa a construção do edifício projectado para a zona entre o cais de Santa Apolónia e a Doca da Marinha e o respectivo muro».

A moção expressa «profundo desagrado e indignação pelo facto de estar a ser feito um projecto desta envergadura e impacto sem que o Município tenha sido ouvido».

«O mesmo profundo desagrado» é expresso «pela forma de diálogo que a Administração do Porto de Lisboa tem estabelecido com a Câmara Municipal de Lisboa».

O presidente da Câmara afirmou que «a solução para o terminal de cruzeiros é uma má solução» e sublinhou que a embora a obra dispense licenciamento da autarquia porque está numa área da jurisdição da APL «não dispensa informação à Câmara».

Os vereadores do PSD abstiveram-se na votação da moção contra o terminal de cruzeiros por considerarem que é necessária uma «visão global» para a frente ribeirinha.

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