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Sadinos com pena do sequestrador

Populares esperaram pela chegada ao tribunal do homem que tentou assaltar um banco e manteve reféns quatro pessoas. À porta comentavam: «Coitado. Estava mesmo desesperado», «a vida está difícil»

«Coitado do homem. Estava mesmo desesperado». É a frase que se repete à porta do Tribunal Instrução Criminal de Setúbal, onde o homem que sequestrou quatro pesssoas numa dependência bancária do BES está esta manhã a ser ouvido. O juiz deverá determinar ainda hoje as eventuais medidas de coacção antes do julgamento.

Meia centena de pessoas concentraram-se junto ao tribunal, mas não conseguiram ver a chegada do homem ao tribunal, já que as autoridades o fizeram entrar de forma discreta por volta das 9:30.

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O PortugalDiário falou com uma dezenas de populares e à pergunta «o indivíduo deve ir para a cadeia?», nenhum deles responde sim taxativamente. Uns optam pelo silêncio, outros respondem indirectamente. «Se fosse um estabelecimento comercial ou a casa de uma senhora de idade achava mal», afirmou uma reformada; «Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Os bancos são ricos», acrescenta um homem de 60 anos.

A única crítica apontada surge na voz de um homem mais novo: «Ele não devia ter feito reféns». No entanto, argumenta, «os salários não crescem». Argumento semelhante foi apontado por uma mulher de cerca de 40 anos: «A vida está difícil».

O arguido, reformado das Forças Armadas, deverá ser acusado de diversos crimes, nomeadamente de sequestro e tentativa de assalto à mão armada, entre outros.

Recorde-se que este homem de 57 anos manteve quarta-feira, durante 13 horas, quatro reféns - dois clientes e dois funcionários - na dependência bancária do BES na Avenida Rodrigues Manito, em Setúbal. O sequestro terminou já na madrugada de quinta-feira após uma intervenção táctico-policial realizada com êxito pelo Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP.

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