A Comissão Europeia deseja limitar os prémios distribuídos aos banqueiros, uma cultura que os leva a correr riscos inconsiderados e que provocou a crise financeira mundial, indicou este sábado José Manuel Durão Barroso.
Gordon Brown: bancos devem servir economia
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«O pagamento de bónus excessivos incita os gestores financeiros a correr riscos inconsiderados», afirma o presidente da Comissão Europeia numa entrevista ao diário alemão Hamburger Abendblatt, escreve a Lusa.
Durão Barroso considera ser preciso implementar um sistema que «refreie a voracidade para realizar lucros rápidos e que não recompensa os fracassos».
Despedimentos chegam à banca portuguesa
A Comissão deverá examinar uma proposta neste sentido «em Abril ou Maio», acrescentou.
Do Reino Unido aos Estados Unidos, passando pela França, os dirigentes políticos denunciam há vários meses a cultura do bónus na banca, que consideram estar na origem da crise actual.
O presidente norte-americano Barack Obama, por exemplo, acaba de limitar a 500 mil dólares a remuneração anual dos dirigentes de empresas, enquanto o primeiro-ministro britânico Gordon Brown se comprometia a pôr termo «a uma cultura do bónus» implementado um sistema em que o banqueiro reembolsa os bónus se as decisões que tomou se revelarem más.
O presidente francês Nicolas Sarkozy pediu, por seu lado, aos patrões dos bancos franceses que renunciem a esta «parte variável» das remunerações, como contrapartida às ajudas estatais.
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