«O Bloco de Esquerda é um partido democrático e o acordo [com o PS na câmara de Lisboa] é bom». Sá Fernandes responde assim às críticas internas. Também o dirigente bloquista Miguel Portas rejeitou as críticas de alguns militantes e assegurou que o Bloco continuará a ser oposição ao Governo PS.
«Este acordo não é sobre a política nacional. O Bloco está em oposição ao Governo e não deixará de estar na oposição ao governo por causa deste acordo», afirmou Miguel Portas, em conferência de imprensa na sede do BE.
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Elementos da corrente Ruptura-FER e sindicalistas tinham criticado o acordo por considerarem que este representa um apoio indirecto ao Governo de José Sócrates e que vai contra a orientação aprovada no último congresso que estabelece o BE como «alternativa socialista» ao PS.
Miguel Portas defendeu que o acordo «marca uma viragem de página em Lisboa» face à «gestão dramática» dos últimos seis anos.
Miguel Portas frisou encarar com «grande normalidade» as críticas por parte de alguns bloquistas e a divergência de opiniões nos órgãos, sobretudo quando está em causa uma «decisão nova na prática política do Bloco».
Na mesma conferência de imprensa, Sá Fernandes, anunciou que aceitou o pelouro do Ambiente, Espaços Verdes e Gabinete para o Plano Verde, no âmbito do acordo celebrado com o PS.
Sá Fernandes explicou ainda que o acordo com o PS, que fixa seis prioridades para «um programa de urgência para Lisboa» deverá ser assinado «entre hoje e amanhã» e só ainda não o foi porque PS e BE entenderam dar algum tempo à CDU e à independente Helena Roseta para responder. «Se mais ninguém quiser assinar, António Costa e eu assinaremos, hoje ou amanhã», disse.
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