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Deu à luz a caminho do hospital

Bombeiros acusam Centro de Saúde de não ter prestado assistência

Os bombeiros da Lourinhã assistiram na tarde domingo a um parto a caminho da maternidade do Hospital de Torres Vedras, depois de ter sido negada assistência médica no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde da Lourinhã, informa a agência Lusa.

«É a segunda vez que um bebé nasce na ambulância porque há recusa do médico em assistir a grávida no centro de saúde», denunciou o comandante dos Bombeiros Voluntários da Lourinhã, Carlos Pereira, que vai agora pedir explicações ao Ministério da Saúde, após concluir que não obtém respostas às questões colocadas pela direcção do centro de saúde.

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No domingo à tarde, a ambulância tripulada pelos socorristas Venâncio Silva e Francisco Neto, 18 anos de idade e bombeiros de terceira categoria, foi chamada ao Centro de Saúde da Lourinhã para transportar uma grávida em trabalho de parto «muito avançado» até ao Hospital Distrital de Torres Vedras. A mulher, de etnia cigana e residente em Alverca, tinha estado numa festa em casa de familiares e amigos e, estando no nono mês de gravidez, foi surpreendida pelo rebentar das águas, tendo-se dirigido ao SAP.

Chegados ao local, os dois bombeiros depararam-se com a grávida dentro de uma carrinha de transporte de passageiros já com contracções e «só com a enfermeira junto à viatura», relatou o socorrista Venâncio Silva que assegura que a parturiente não chegou a entrar no SAP nem foi observada pelo médico de serviço, tendo sido reencaminhada sem ficha clínica.

No trajecto até Torres Vedras, o parto estava cada vez mais iminente e a criança acabou por nascer à entrada da cidade, junto ao jardim do Choupal: «Foi um parto normal" contou Venâncio Silva, assistiu pela segunda vez a um nascimento de uma criança em plena ambulância.

«A criança tinhas as vias respiratórias um pouco obstruídas e consegui desobstruí-las e correu tudo bem», garante o bombeiro.

Já com o cordão umbilical cortado, mãe e filha chegaram cerca das 17h40 à maternidade do Centro Hospitalar de Torres Vedras, onde eram aguardadas por uma parteira.

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