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«Houve exageros horríveis nos salários de gestores»

Presidente do BES mostra-se contra a gerência do Estado na determinação das remunerações dos gestores de empresas públicas

Ricardo Salgado disse esta terça-feira que «houve exageros horríveis em termos das remunerações dos gestores a nível internacional», o que para o presidente do BES «é um escândalo».

Em conferência de imprensa, depois de ser questionado sobre o despacho de ontem do Ministério das Finanças, onde o Governo garante vai promover as propostas que visem impor novas regras na remuneração dos gestores das empresas participadas do Estado, Ricardo Salgado defendeu que os Conselhos de Administração e as Assembleias-Gerais são «os órgãos que devem decidir as políticas salariais das empresas».

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O responsável mostra-se assim contra a gerência do Estado na determinação das remunerações dos gestores de empresas privadas.

«Nas sociedades de capital aberto quem deve definir as remunerações dos gestores são os accionistas em Assembleia Geral». Já nas empresas públicas «é mais fácil, porque o Estado é o único accionista». Quanto às empresas onde o estado tem participações «também acho aceitável que o estado tenha uma palavra a dizer mas deve manifestá-la pela via própria, ou seja, pelas reunião do Conselho de Administração e pelas Assembleias-gerais, porque se for o estado a ditar quais serão as remunerações das empresas privadas então entramos num sistema fora do normal», disse.

Sobre o BES, o presidente do banco disse apenas que «as remunerações dos administradores estão bem abaixo dos níveis de remuneração internacional» e que «representam 15% da média de 15 bancos espanhóis, sendo que só dois deles são muito maiores», atirou.

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